Apesar das promessas registradas no vídeo, Cadu foi preso em Goiânia no dia 1ª de setembro deste ano, por suspeita de homicídio e roubos

Carlos Eduardo, o Cadu: novamente nas manchetes nacionais, ele pode ser o estopim para revisões nas políticas de saúde mental em Goiás |Foto: Divulgação/PM-GO
Carlos Eduardo, o Cadu: novamente nas manchetes nacionais, ele pode ser o estopim para revisões nas políticas de saúde mental em Goiás |Foto: Divulgação/PM-GO

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Um vídeo reproduzido pelo programa dominical Fantástico, da Rede Globo, no último dia 7, mostra parte do depoimento de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, sobre o assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas. No vídeo, gravado há quatro anos e seis meses, ele afirma que não seria preso nunca mais.

“Eu nunca mais vou ser preso, dando dor de cabeça para o delegado, dando dor de cabeça para minha família”, diz Cadu em gravação. Apesar das promessas registradas no vídeo, Cadu foi preso em Goiânia no dia 1ª de setembro deste ano, por motivos semelhantes.

Agora ele é suspeito de praticiar um latrocínio e uma tentativa de latrocínio na capital. Assim como na primeira vez que foi detido, Cadu tentou fugir e trocou tiros com policiais. Durante a fulga, Carlos Eduardo ainda tentou assaltar uma farmácia, momento em que foi preso.

“Profeta ou Louco”

Nos depoimentos ele usa vários fatos para justificar o assassinato do cartunista, como por exemplo o chá do daime, que havia tomado na Igreja Céu de Maria, fundada pelo próprio Glauco. “Eu comecei a tomar o daime, comecei a acreditar em Deus. Já vi uma cruz linda no céu gigante”, disse gesticulando com as mãos. Cadu também afirma ser “um profeta ou um louco” e que não existe um meio termo para isto.

O acusado também diz ser um “maconheiro” e que é usuário de maconha desde os 15 anos. “Eu fumo muita maconha. Eu fumo mais maconha do que você pode imaginar”, diz.

O delegado responsável pela prisão de Cadu em Goiânia, Thiago Damasceno Ribeiro, afirma que o acusado age sempre de acordo com aquilo que pode beneficia-lo futuramente. “Ele é muito mais dissimulado do que propriamente louco”, afirma.