Ex-ministro da Justiça falou em oitiva na Superintendência da Polícia Federal. Provas disponibilizadas não serão divulgadas e inquérito segue em investigações pela PGR

Manifestantes favoráveis a Bolsonaro e outros favoráveis a Moro se encontram em porta da Superintendência da PF, em Curitiba, durante depoimento do ex-ministro | Foto: Franklin de Freitas/APF/JC

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, após mais de 11 horas, na madrugada de sábado, 2, para domingo, 3. O juiz deixou o local às 00h30, após reiterar as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro e apresentar provas. Moro chegou ao local às 13h15. No entanto, a oitiva se iniciou às 14h20 e terminou às 22h40. Depois, o ex-ministro ainda levou mais duas horas para deixar o prédio.

O depoimento foi conduzido pela delegada Cristiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), dois delegados federais e três procuradores da República, João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita. Também havia um escrivão da Polícia Federal (PF). Já Moro entrou acompanhado de seu advogado, Rodrigo Sánchez Rios e dois assessores. Uma fonte teria informado o veículo de notícias Paraná Portal, que Moro apresentou provas que sustentam as acusações contra o presidente da República.

Entre os arquivos, o ex-ministro teria entregado mensagens de texto e áudio, que não serão divulgado ainda. O inquérito segue em investigação pela Procuradoria Geral da República, à pedido do procurador Augusto Aras e após autorização do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar da oitiva ter sido longa, um intervalo foi realizado às 18h30 para um café. Depois, às 21h30, oito pizzas foram deixadas no prédio por um entregador de aplicativo.