Após assembleia geral, a denominação passa a considerar o casamento como a união entre “duas pessoas” e não apenas entre “um homem e uma mulher”

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Foto: Reprodução

A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (EUA) decidiu reconhecer e autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão histórica ocorreu na última quinta-feira (19/6) durante assembleia geral desta igreja, que conta com 1,9 milhão de integrantes. Pela decisão, os presbiterianos estadunidenses passam a considerar o casamento como a união entre “duas pessoas” e não apenas entre “um homem e uma mulher”.

A emenda acatada requer ainda a aprovação da maioria dos 172 presbitérios regionais, que podem votar ou não pela mudança ao longo do próximo ano. Entretanto, a maioria dos delegados aprovou uma “recomendação” que oferece aos oficiantes a liberdade para celebrar “qualquer matrimônio que o Espírito Santo os convide a celebrar” nos estados do país onde a união entre gays é legal.

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Atualmente, 19 dos 50 estados norte-americanos e a capital do país, Washington, autorizam os casamentos de pessoas do mesmo sexo. Conforme pesquisa Gallup, publicada há cerca de um mês, 55% dos cidadãos dos EUA apoiam o casamento igualitário.

Segundo informações da agência de notícias Associated Press, o encontro nacional da Igreja Presbiteriana dos EUA em Detroit contou com vitória arrasadora para os defensores dos direitos gays. Ao todo, foram 371 votos  contra 238 para permitir a celebração de casamentos entre homossexuais e 429 votos favoráveis, contra 175, à alteração da definição de casamento presente no texto constitucional do país.

A Human Rights Campaign (HRC), entidade que luta a favor da igualdade no casamento, saudou como histórica a decisão. Em comunicado, a HRC afirmou que os fiéis sabem agora que “sua religião não os afasta dela e sim dá um passo gigante para ser acolhedora para todos”.

A Igreja Presbiteriana Americana (PCUSA), integrada por 10 mil congregações, é uma igreja protestante de origem escocesa. Criada em 1983, ela é a maior denominação presbiteriana nos EUA atualmente e se opõe à “Presbyterian Church in America”, considerada conservadora. Em nota, esta última condenou os resultados do encontro em Detroit ao afirmar que a “Assembleia Geral cometeu um repúdio expresso contra a Bíblia”.