Em debate sobre reforma tributária, Caiado ataca “burocracia infernal que espanta empresário”
10 setembro 2020 às 17h32
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Governador foi o representante do Centro-Oeste em evento promovido pela CNI
O governador Ronaldo Caiado (DEM) defendeu a reforma tributária durante evento para discutir o tema promovido nesta quinta-feira, 10, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ao defender transparência e ampla discussão com a sociedade sobre o temas da reforma, o gestor disse que o país não pode continuar “nesse tumulto, nessa burocracia infernal que espanta o empresário”.
“Há essa necessidade, em primeiro lugar, de se mostrar transparência [em relação ao debate] e, em segundo lugar, confiança”, afirmou o governador. “Eu acredito na tese do ministro Paulo Guedes de ‘menos Brasília e mais Brasil’ e a reforma tributária tem essa vertente”, observou.
O governador também ressaltou que a reforma administrativa precisa caminhar junto, e no mesmo patamar. “Temos que trazer os salários para a realidade do Brasil hoje e entender que vivemos num quadro social gravíssimo. Eu já formatei a Secretaria da Retomada do Estado de Goiás, para onde foram direcionadas todas as ações do governo tendo em vista buscar alternativas imediatas”, informou.
Debate
“A reforma e os Estados” foi o tema da segunda edição da série “Reforma Tributária em Debate” lançada pela CNI e Febraban. As entrevistas são mediadas pelo jornalista João Borges e tem como anfitriões os presidentes das duas instituições parceiras, respectivamente, Robson Braga e Isaac Sidney.
O gestor representante das instituições financeiras falou sobre o modelo tributário brasileiro, que é federativo, e que, por isso, “o envolvimento dos Estados na discussão é importante”. Também deixou registrado que os entes federativos são “o pulso da economia e o braço mais próximo do cidadão, e que a reforma precisa caminhar para dar mais competitividade ao Brasil”.
Já Robson Braga explicitou alguns números do cenário industrial para reforçar a urgência da reforma tributária no País. Ele citou a participação do setor em 21% no PIB e o fato de que as indústrias são a maior fonte pagadora de folha previdenciária no Brasil.
O presidente da CNI disse, ainda, que acredita que as PECs 45 e 110 podem se juntar à proposta do Governo Federal no Congresso e que vislumbra uma matéria final que desonere exportações, crie um fundo de desenvolvimento regional para a atração de investimentos, gere emprego e um ambiente de inclusão e justiça social.