Kátia Maria articula criação do Instituto Nacional do Cerrado
11 setembro 2025 às 18h29

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A vereadora Kátia Maria (PT) esteve em Brasília esta semana para se reunir com o ministro Márcio Macêdo, secretário-geral da Presidência da República, e tratar da criação do Instituto Nacional do Cerrado. A proposta prevê a instalação de uma unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com foco na produção de conhecimento e inovação sobre o bioma.
O projeto reúne atualmente 26 instituições de ensino superior localizadas no Cerrado, incluindo universidades federais, estaduais, privadas e institutos federais, e conta com o apoio da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e de parlamentares comprometidos com a causa ambiental. No último dia 20, foi inaugurada em Brasília a sede do Comitê Pró-Instituto Nacional do Cerrado, com base na Universidade de Brasília (UnB). O comitê será responsável pela coordenação das ações de mobilização e pela elaboração dos subsídios que embasarão a proposta.
Durante a agenda no Palácio do Planalto, Kátia esteve acompanhada das reitoras Angelita Pereira de Lima (UFG), Rozana Reigota Naves (UnB), Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon (IFG) e Olga Izilda Ronchi (PUC-GO), reforçando o papel estratégico das instituições de ensino na defesa do bioma. O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, é também o mais ameaçado: mais da metade de sua área natural já foi convertida. Conhecido como o “berço das águas do Brasil”, alimenta aquíferos e grandes bacias hidrográficas e sustenta parte significativa do PIB do agronegócio e da balança comercial do país. Apesar disso, ainda não possui uma instituição federal dedicada exclusivamente à sua preservação e desenvolvimento sustentável.
Para a vereadora, a criação do instituto é urgente. “A devastação do Cerrado não pode ser vista como preço a ser pago pela preservação da Amazônia. O que acontece no Cerrado inevitavelmente afeta a Amazônia. Precisamos de uma política científica e tecnológica estruturada para garantir o uso sustentável desse bioma estratégico para o Brasil e para o mundo”, afirmou. A proposta ganha ainda mais relevância no contexto da COP 30, que será realizada em 2025, em Belém (PA), evento em que especialistas defendem que o Cerrado também seja foco das negociações climáticas.
Na ocasião, a vereadora apresentou ao ministro o projeto da Expedição Rio Meia Ponte, iniciativa de sua autoria que realiza estudos científicos sobre a qualidade da água, fauna, flora e solo do principal manancial de Goiânia, em defesa do Cerrado goiano.
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