Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) cobram pela seriedade da doença, que pode ser tão mortal quanto demais tipos de câncer

Foto: Reprodução

Apesar da possibilidade de tratamentos mais simples, o câncer de pele pode ser tão mortal quanto os demais tipos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), entre 2009 e 2019, o Brasil registrou mais de 30 mil óbitos causados pelo câncer de pele. Os dados apresentados nesse mês fazem parte da campanha Dezembro Laranja, que busca alertar a população sobre os riscos da doença.

Segundo a SBD, em 10 anos existiram cerca de 395 mil internações por conta da doença em todo o país. Para os cofres públicos, a doença representou R$ 454 milhões em valores correntes. Para o presidente da SBD, Sério Palma, esses números demonstram a seriedade do câncer de pele.

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“Esses números mostram que o câncer de pele, ao contrário do que muitos pensam, é um problema de saúde que, se não for bem tratado, pode ter consequências sérias para o bem-estar do paciente”, afirma Sérgio Palma, que acrescenta que o atendimento qualificado no diagnóstico e estratégias de prevenção segue sendo o melhor caminho.

Dezembro Laranja

Com essa preocupação, a Sociedade Brasileira de Dermatologia desencadeou mais uma edição do Dezembro Laranja, campanha nacional criada em 2014 para a prevenção e combate ao câncer de pele. Durante esse mês, em parceria com instituições públicas e privadas, a entidade fará ações para discutir formas de prevenção e alertar a população da importância de buscar o diagnóstico e o tratamento com um médico especialista.

Dados de morbidade e mortalidade decorrentes desse tipo de neoplasia, compilados pela SBD, indicam que os idosos compõem o grupo etário mais vulnerável: 71% dos óbitos (23.810) registrados entre 2008 e 2017 foram de pacientes a partir dos 60 anos. No segmento com idades de zero a 19 anos (crianças e adolescentes), representaram pouco mais de 0,5% (173) das mortes.

“Esse quadro indica a letalidade do câncer de pele e a importância de reforçarmos ações para a sua prevenção. Quando descoberta no início, essa doença tem 90% de chances de cura”, afirma Sérgio Palma. Conforme destaca, “é preciso conscientizar a população da necessidade de buscar o diagnóstico precoce, assim como o sistema de atendimento à saúde para a necessidade da notificação dos casos para que possamos contribuir