Um grupo de turistas britânicos e norte-americanos foi atacado por um elefante no último sábado, 27, durante um passeio de canoa no Delta do Okavango, em Botsuana, África. O episódio foi registrado em vídeo e divulgado pela imprensa internacional. Nas imagens, o animal avança contra duas embarcações conhecidas como Makoro, virando os barcos e lançando os ocupantes em um rio habitado por crocodilos e hipopótamos.

De acordo com o jornal britânico The Sun, os guias se aproximaram de uma elefanta com dois filhotes, o que provocou a reação agressiva do macho da manada. Apesar do risco, não houve registro de mortes ou ferimentos graves. Em um dos momentos mais críticos, uma das turistas foi atingida pela tromba e arrastada para baixo d’água, escapando por pouco das presas do animal. Segundo especialistas, a sobrevivência só foi possível porque o elefante a perdeu de vista na água turva, permitindo o resgate pelo marido.

O ex-guarda florestal sul-africano Kakwele Sinyina avaliou que houve erro de cálculo dos guias quanto à distância segura. “Eles tiveram muita sorte. O grupo poderia ter sido facilmente morto. Este macho atacou porque estava protegendo seus filhotes”, afirmou.

O Delta do Okavango, considerado Patrimônio Mundial da Unesco, é o maior delta interior do planeta e um dos destinos de safári mais procurados da África, atraindo cerca de 2 milhões de turistas por ano. A região é conhecida pela biodiversidade e também pelo risco, já que além dos elefantes, abriga crocodilos e hipopótamos.

Segundo dados de conservação, a população de elefantes africanos é de cerca de 415 mil animais, espécie ameaçada de extinção. Apesar do fascínio turístico, ataques não são incomuns. Em média, 500 pessoas morrem por ano em incidentes com elefantes no continente. Em julho, duas turistas — uma britânica e uma neozelandesa — morreram em um ataque semelhante durante um safári a pé na Zâmbia.

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