Paulo Tafner avaliou os números apresentados pelo Governo e concluiu situação em Goiás é de “estágio crítico”

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

O Jornal Opção mostrou que, de cada R$ 100 que entra no caixa do Governo do Estado Goiás referente à Receita Líquida do Tesouro (RLT), R$ 86 vão para quitar os salários dos funcionários públicos ativos e inativos.  Se somarmos o que é pago em precatórios – dívidas antigas do Estado negociadas com os servidores – o número chega a 99% de comprometimento dos recursos da RLT.

Os dados são da Secretaria da Economia e traduzem a difícil situação do cofre. Isso, segundo o governo, demonstra também a necessidade urgente de uma reforma na previdência estadual, haja vista que o déficit anual já atinge os R$ 2,9 bilhões. Diante da situação alarmante, o Executivo argumenta que, se nada for feito, o Estado continuará impossibilitado de realizar os investimentos almejados pelos goianos.

O economista Paulo Tafner avaliou os números apresentados pelo Governo e concluiu que “sem reforma, o Estado se tornará inviável”. Isso quer dizer, segundo ele, que este é principal motivo pelo qual a medida deve ser discutida. “A situação em Goiás é de estágio crítico”, alerta.

Ciente da importância do tema, o governador Ronaldo Caiado (DEM) enviará na próxima terça-feira, 29, ao Legislativo a proposta de emenda constitucional (PEC) que altera a previdência estadual. Lá a matéria deverá ser discutida e apreciada pelos parlamentares. O governador também anseia em atender a demanda dos prefeitos que desejam incluir seus municípios que também “sofrem com o peso da previdência”.