Para Francisco Jr o tratamento se tornou uma realidade no mundo todo, mas ainda há uma “vedação” para pessoas com menor condição financeira, “o que considero injusto”, argumenta

Francisco Júnior / Foto: PSD na Câmara

Após a aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto que disponibiliza a terapia por ECMO no Sistema Único de Saúde (SUS), o deputado federal por Goiás Francisco Jr (PSD), autor da matéria, disse que haverá, em breve, uma audiência pública para que o assunto seja debatido e o texto novamente ajustado.

Segundo o autor da matéria, apesar de ainda haver um longo caminho a ser percorrido, o primeiro objetivo da matéria, no entanto, já foi alcançado: “promover essa discussão”. “É sem dúvidas um tratamento caro, de alta tecnologia, que necessita de pessoal altamente qualificado, o que não se coloca em hospitais de campanha do dia para a noite, é necessário todo um processo”, justifica.

Conforme o deputado, a matéria deverá passar por alguns ajustes para que o tratamento chegue, enfim, ao SUS. “Isso já é uma realidade no mundo inteiro, no Brasil e em Goiás. Porém, há uma vedação para pessoas com menor condição financeira não estando disponível no SUS, o que considero como injusto”, considerou.

Ele explica ainda que apesar do tratamento ter sido pensado, em um primeiro momento, para pacientes acometidos pela Covid-19, sua importância para o Sistema Único de Saúde não será encerrada com o término da pandemia. “Pelo contrário, ele é muito importante para o tratamento de pessoas com síndromes respiratórias graves e acometidos por cirurgias cardíacas”, finalizou.

A ECMO é uma terapia de oxigenação por membrana extracorpórea, chamada de “pulmão artificial” em hospitais de campanha, e auxilia pacientes acometidos pela Covid-19 em estado grave.