Durante vistoria, diretor informa que presídio alvo de rebelião será destruído
12 janeiro 2018 às 11h35

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Coronel Edson Costa explicou que uma nova unidade será construída para substituir o semiaberto da Colônia Agroindustrial de Aparecida de Goiânia
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), conforme determinação da presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, realizou na manhã desta sexta-feira (12/1) vistoria na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
As ações começaram por volta das 11 horas e reuniram mais de 100 integrantes das diversas estruturas da Polícia Militar (PM) e Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), além de 40 servidores especializados do sistema prisional.
Durante entrevista coletiva na frente da unidade, o diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, declarou que uma nova unidade será construída para substituir o semiaberto, palco de rebelião no último dia 1º.
“Iremos divulgar na semana que vem o local, que terá a estrutura necessária e adequada para abrigar os apenados. Paulatinamente o complexo de presídios irá para este local”, informa.
Segundo o coronel, concluída a transferência para a nova estrutura, o semiaberto da Colônia Agroindustrial será destruído. “Estamos com efetivo para todo e qualquer apoio à instituição”, diz o comandante-geral da PM, Divino Alves. “A situação de arma encontrada acontece em qualquer presídio do país, mas as inspeções são realizadas quase diariamente”, destaca.
Vistoria
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Além do coronel Edson Costa, também estiveram presentes, durante a inspeção na manhã desta sexta, o diretor-geral adjunto, tenente-coronel Agnaldo Augusto da Cruz, o superintende de Segurança Penitenciária da DGAP, Jonathan Marques da Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Divino Alves, além de representantes do Ministério Público, OAB-GO e Defensoria Pública.
No local, foram encontrados 16 celulares, cinco baterias, uma fonte de PC, uma porção média e outra pequena, dois pen drives, oito chips de celular, cinco pedaços de ceguetas, duas facas, 11 chuchos, uma navalha, três cachimbos, um facão, nove barras de ferro e um alicate.
“Cumprimos as duas missões que a ministra nos determinou: fazer um cronograma para as nossas tarefas dos próximos 30 dias e realizar esta inspeção com total transparência”, reforçou o coronel Edson Costa.
Ele também explicou que já foram transferidos os apenados que lideraram na rebelião ocorrida no dia 1º de janeiro. “Eles já estão em presídios estaduais e o próximo passo é conduzi-los para presídios federais, conforme determinação judicial”, aponta.