Suplentes do PSD e PT são as únicas mulheres que poderiam herdar cargos de vereança com a saída de vereadores eleitos como deputados

A ex-vereadora e primeira suplente do PSD, Priscilla Tejota (PSD) e a presidente estadual do PT em Goiás, Katia Maria (PT), podem chegar à Câmara de Goiânia neste ano caso os vereadores eleitos por seus partidos consigam dar um passo a mais rumo a Câmara dos Deputados, como é o desejo da vereadora Sabrina Garcêz (PSD), ou com a eleição para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), de Luciula do Recanto (PSD) e Mauro Rubem (PT), ambos pré-candidatos a deputado estadual.

Além do PSD e PT, o PSC da vereadora Leia Klébia (PSC), também têm como primeira suplente uma mulher, a pastora Sarah Mendes, entretanto, dificilmente esta conseguiria uma cadeira na Casa, visto que Leia não disputará nenhum cargo nas eleições 2022. A ocupação de cadeiras se dá pelos suplentes, pois o cargo pertence ao partido e não ao eleito. Portanto, caso algum vereador saia da Câmara de Goiânia, os espaços vagos vão sendo ocupados por aqueles que receberam mais votos pelo partido.

Apesar da possível chegada de novas vereadoras, as eleições deste ano podem reduzir o número de mulheres na Casa. Caso as pessedistas Sabrina Garcêz e Luciula do Recanto sejam eleitas como deputadas, a primeira cadeira é assumida por Priscila Tejota, como já dito anteriormente, e a segunda pelo inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Newton Moraes (PSD). Já as vereadoras Aava Santiago (PSDB) e Gabriela Rodart (DC), ambas cotadas como deputadas estaduais, a primeira suplência de seus partidos também são para homens, sendo eles William do Armazém (PSDB) e Marcio do Carmo (DC).

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A primeira suplente do PSD, Priscilla Tejota, já é um nome conhecido. Em 2016 foi eleita vereadora com 4.807 votos. Já em 2020, a ex-esposa do vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota, recebeu 4.156 votos, insuficientes para uma reeleição. Atualmente, ela está no comando da Diretoria Financeira da Agência Goiana de Habitação (Agehab). A carreira política de Tejota começou ainda na década de 1990, na campanha do ex-sogro, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sebastião Tejota. Em 2006, trabalhou na campanha da ex-sogra, Betinha Tejota. Já em 2010 e 2014, coordenou as campanhas para deputado estadual de Lincoln Tejota.

Em 2016, quando entrou de fato para a vida pública, suas pautas principais eram pelo desenvolvimento social, bem como a ampliação das políticas públicas voltadas à saúde e educação. Enquanto vereadora, Priscilla presidiu a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais, a Comissão de Saúde e Assistência Social e participou de várias outras comissões, inclusive a de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. Além disso, integrou duas Comissões Especiais de Inquérito (CEI), uma para apurar as contas públicas da Prefeitura de Goiânia e outra para investigar as obras paralisadas na cidade, dentre outras atuações.

Já a professora e petista Katia Maria, apesar de nunca ter sido eleita, possui uma história política há mais de uma década. Ela foi a primeira mulher e a mais jovem a presidir o diretório estadual do PT em Goiás. Em 2010, coordenou a campanha na internet da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em âmbito estadual, além de ter coordenado em outros momentos campanhas do partido ao governo e ao Senado Federal. Katia, desde 2006, luta para chegar à uma cadeira, seja na Câmara, na Alego ou no Governo de Goiás.

Sua primeira campanha foi para deputada estadual, depois tentou a vice-prefeitura de Senador Canedo, em 2016 e em 2018, lutou pelo cargo de governadora. Em 2020, tentou a vereança e recebeu 2.023 votos. Quando candidata, suas propostas passaram pelas áreas de assistência social, desenvolvimento econômico sustentável, cultura, segurança pública, saúde, meio ambiente e direito à cidade e educação.