Para a ex-vereadora, a liderança de Maguito Vilela e sua morte fortaleceram a ideia de que o grupo de Daniel Vilela teria o comando da gestão.

A Dra Cristina Lopes, recém empossada secretária de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, na gestão de Rogério Cruz (Republicanos) afirma que o rompimento de Daniel Vilela (MDB), que causou o pedido de exoneração de mais de 12 secretários do executivo, já era previsto e pondera “ainda bem que foi antes de completar 100 dias [de gestão] pois traz autonomia ao governo.”

De acordo com a ex-vereadora, que também foi candidata a prefeita de Goiânia nas eleições de 2019, o processo de liderança de Maguito Vilela e a fatalidade de sua morte, vítima em decorrência da Covid-19 em janeiro deste ano, fortaleceu a ideia para alguns da preservação do comando pelo grupo de Daniel na gestão. No entanto, Dra Cristina lembra “a própria legislação garante ao vice a prerrogativa de governar. O prefeito hoje é Rogério Cruz”.

Dra Cristina defende a autonomia e liderança no comando de Rogério. “Em qualquer ambiente, seja em casa, em uma fazenda ou empresa, é preciso ter pessoa que dá o comando. Quando tem mais pessoas dá problema. Tenho muito respeito pelo Daniel Vilela. Isso faz parte da política.”

Relação com Rogério Cruz

A ex-vereadora divulgou em sua redes sociais que aceitou o convite feito pelo prefeito. E logo assumiu a pasta no lugar de Filemon Pereira. Durante oito anos, Cristina e Rogério foram colegas na Câmara Municipal de Goiânia. “Fomos parceiros. Integramos comissões juntos. Fomos aliados no Plano Diretor. O nosso trabalho sempre foi humano e próximo.”

Para ela, o pasta de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas é completa e um grande desafio. “Num momento como esse [da pandemia] é ainda maior. A secretária é a penúltima em orçamento com grande demanda. Procura enorme de auxílio. Temos a causa de imigrantes indígenas, questões de igualdade racial, LGBT+, juventude. A cabeça fervilhando de projetos e os princípios que me norteiam.”