Além de pessoas ligadas ao cronista esportivo, familiares e amigos de outras vítimas de homicídio vão participar da manifestação, como é o caso dos parentes do advogado David Sebba e da assessora parlamentar Ana Maria Duarte

Reprodução Facebook
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Familiares e amigos do cronista esportivo Valério Luiz, morto a tiros em 5 de julho de 2012, organizam uma manifestação para o dia em que são completados dois anos do crime. Com concentração na Praça Cívica, centro de Goiânia, a intenção do ato é lembrar os dois anos do crime e mostrar à população que os assassinos do radialista permanecem impunes. Na página do evento no Facebook, cerca de 350 pessoas já confirmaram presença na ação intitulada “2 anos sem Valério – Marcha Contra a Impunidade”.

Trajados com uma camisa branca pintada com o rosto de Valério, os manifestantes caminharão pelas ruas do centro da capital goiana.  O evento conta com a colaboração do Instituto Valério Luiz, associação criada para defender a liberdade de imprensa e de expressão, bem como fiscalizar a punição dos culpados do assassinato de Valério e de outros crimes cometidos em Goiás.

Além de pessoas ligadas ao radialista, familiares e amigos de outras vítimas de homicídio vão participar da manifestação, como é o caso dos parentes do advogado David Sebba, assassinado também no dia 5 de julho de 2012 por policiais militares, conforme investigações da Polícia Civil. Também devem comparecer ao evento familiares de Michelle Muniz do Carmo, filha do deputado Luiz do Carmo, assassinada em 2012, e da assessora parlamentar Ana Maria Duarte, morta a tiros em março deste ano por um motoqueiro no Setor Bela Vista.

Caso Valério

O cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, ao sair da Rádio Jornal 820, onde trabalhava. Cinco pessoas foram indiciadas pelo crime e o motivo do assassinato teria sido as críticas e as denúncias que o radialista fazia à direção do clube de futebol Atlético Goianiense.

Após oito meses de investigações, o empresário e ex-vice-presidente do Atlético, Maurício Sampaio, foi apontado como mandante do crime. Conforme o inquérito, com o apoio do açougueiro Marcus Vinícius, Urbano de Carvalho Malta e o policial militar Djalma da Silva organizaram o assassinato. Já o PM Ademá Figueiredo foi apontado como o executor do radialista.

Todos os acusados estão em liberdade e o açougueiro Marcus Vinícius está foragido. As audiências de instrução já foram realizadas, assim como as alegações finais.