A federação PT-PV-PCdoB em Goiás pode não estar tão federada assim. Isso porque o PV tem adotado protagonismo e lançado nomes alternativos ao PT, normalmente a sigla com maior movimentação, em municípios importantes do estado.

Em Anápolis, município-chave nas eleições municipais deste ano e onde o pré-candidato petista Antônio Gomide aparece com 45% das intenções de voto, o PV decidiu bancar o nome da advogada e professora Mariane Stival como pré-candidata.

Isso significa que o campo não está totalmente aberto para o candidato natural da federação, que precisará consolidar seu espaço. E o mais lógico é o uso, por parte de Gomide, das pesquisas nessa empreitada (caso ele se mantenha na liderança).

Em Senador Canedo, a petista Professora Evamárcia decidiu bater o pé e recusou retirar sua pré-candidatura à Prefeitura após ser comunicada que a federação abriu mão de seu nome para bancar a médica Cristiane Pina, esposa do deputado estadual Júlio Pina. As articulações teriam sido conduzidas e fechadas pela ala do PV ligada ao parlamentar.

Já em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, um deputado petista ligou diretamente para o presidente do PV em Goiás, Cristiano Cunha, para reclamar do lançamento do nome da Pastora Silmar pelo partido. A insatisfação do PT viria do fato de que a legenda já tem um nome na região: Professora Raílda.

No entanto, o presidente do PV municipal teria decidido unilateralmente bancar a pastora por entender que ela estaria melhor posicionada do que a pré-candidata petista.

Nos bastidores, o cenário que se lê é que os conflitos internos da federação em busca de um consenso pelos nomes que vão disputar as eleições devem durar antes, durante e até depois das convenções partidárias. (T.P.)