Claudio Botelho já havia sido alvo de polêmica ao xingar ex-presidentes petistas e plateia durante peça. Dessa vez, se revoltou com escolha de atriz em série da Fox

“Gente, esse tipo de coisa está se propagando porque os pais não batem mais nos filhos”, escreveu ele | Foto: Bruno Tetto/ Divulgação
O diretor de teatro Claudio Botelho, que foi vaiado no início do ano por xingar os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) e até a plateia durante o espetáculo Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos, voltou a causar polêmica, desta vez por agressões verbais à transsexuais. Pelo Facebook, ele criticou a escalação da atriz Laverne Cox, que é trans, para o seriado Rocky Horror Picture Show, da Fox.
“Gente, esse tipo de coisa está se propagando porque os pais não batem mais nos filhos. Falta surra!”, escreveu ele. Para o diretor, nenhum transsexual que trabalha na TV é digno: “Holofote é pra Judy [Garland], Barbra [Streisand] e pra Rogéria, o resto é bicha drogada de festa rave”.
No comentário, seguiu na defesa da violência contra transsexuais: “Se o pai bate, elas pelo menos sabem que é errado e vão dar pro amiguinho da escola pra se vingar, não ficam inventando que são trans, se dedicam logo a arrumar homem e param de querer holofote”.
Charles Möeller, que trabalha em um musical de mesmo nome junto de Botelho, concordou com ele e ironizou: “Rocky PAVOR GLEE show”, em alusão ao seriado musical que tem personagens gays. Em resposta, Claudio afirmou: “Eu queria sugerir um garoto aqui do meu prédio que é bicha, mas a mãe acha que pega mal, então estão inventando que ele é TRANS, porque diz que é a mesma coisa que bicha, mas é chique”.
Um tempo depois de insistir nos comentários preconceituosos, o diretor recuou e apagou as postagens.
Na polêmica da peça sobre Chico, em março, Claudio já havia causado revolta ao ofender negros. No camarim do espetáculo, depois de ter que deixar o palco sob vaias, ele foi filmado xingando: “Essa gente é escrota, são nazistas, são neonazistas, são escrotos, são petistas, são o que há de pior hoje no Brasil. Essa gente que chega e peita o ator que está em cena. O ator que está em cena é um rei. Não pode ser peitado, não pode ser peitado por um negro, por um filho da puta que está na plateia”.
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