Direção da maternidade em que bebê foi quase enviado à incineração é afastada
28 outubro 2019 às 18h59

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Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que a funcionária que atestou o recolhimento do material também foi suspensa

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que afastou a direção da Maternidade e a funcionária que atestou o recolhimento do material no caso do bebê morto, que foi confundido com resíduos biológicos e quase enviado à incineração.
Segundo a SMS, foi implementada uma sindicância administrativa e um Grupo de Intervenção Hospitalar foi estabelecido para fiscalizar a Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria.
O caso ocorreu no sábado, 26. O recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho em estado de prematuridade extrema morreu na sexta-feira, 25. Como a causa da morte já havia sido verificada, a equipe da Maternidade procedeu conforme protocolo e “acondicionou o corpo, devidamente identificado, em local adequado até a vinda da empresa funerária”.
Porém, segundo a secretaria, quando a empresa chegou ao local para recolher o corpo, ele não foi localizado. “A SMS informa que imediatamente acionou as autoridades policiais e que contribuiu com as investigações”.
“Por meio do que foi apurado, administrativamente e também pelas autoridades policiais, chegou-se ao indicativo de que a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração, o que é procedimento de praxe no caso dos resíduos biológicos”, explica.
Entretanto, nesta segunda, 28, o corpo foi encontrado e ainda não havia sido incinerado. A empresa Resíduo Zero afirmou que seguiu o protocolo. A SMS afirma que aguarda conclusão das investigações. Leia nota na íntegra.
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que na última quinta-feira, 24, com a Maternidade Marlene Teixeira funcionando acima da capacidade, todos os ambientes da unidade estavam ocupados por gestantes/parturientes, inclusive o ambiente originalmente destinado para guardar Rogério Cardoso de Almeida Filho. Assim, excepcionalmente, a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido, devidamente identificado, como todo o material ali localizado.
A Secretaria informa que já afastou a direção da Maternidade e a funcionária que atestou o recolhimento do material pela empresa e que implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria. Agora, a pasta esclarece que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis.