No encontro, a presidente ignorou completamente a prisão do ex-ministro José Dirceu e, simpática, gastou 90% de seu tempo “abraçando, conversando e tirando fotos” 

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Goiano Eduardo Machado durante jantar com a presidente Dilma | Foto: arquivo pessoal

A noite da última segunda-feira (3/8) foi de festa no Palácio da Alvorada, residência da presidente Dilma Rousseff (PT). No jantar promovido por ela para presidentes dos partidos de sua base e seus ministros, houve pouco discurso, muita conversa “leve” e fotos. “Ela estava simpaticíssima”, diz Eduardo Machado, presidente nacional do PHS. “Gastou grande parte do tempo abraçando, conversando e tirando fotos”.

O discurso foi rápido e ignorou a prisão do ex-ministro José Dirceu e a crise de seu partido. O foco foi demonstrar preocupação com o atual momento brasileiro e pedir auxílio de todos para colocar o País de volta no caminho do crescimento. Em sua rápida fala, Dilma relatou que o “mal-estar criado pela grande mídia” pode acabar agravando a situação do Brasil.

O motivo da reunião foi fortalecer a relação com a base aliada, sobretudo neste momento em que o governo sofre com os sucessivos ataques promovidos pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB). Cunha tinha, inclusive, convidado praticamente as mesmas pessoas para um jantar no mesmo dia, mas acabou mudando de ideia e remarcou o encontro para esta terça-feira (4/8); será um almoço.

A grande questão — e todos perceberam isso durante as horas em que ficaram no Palácio — é que Dilma, embora simpática, não estava à vontade. A verdade é que ela teme o atual momento do País e sabe que precisa de ajuda para conseguir governar. Sem apoio, o governo para.