Aos 27 parlamentares que não acompanharam voto do relator na comissão da Câmara, a presidente disse que eles deram o exemplo e se posicionaram a favor da legalidade

 | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Para a presidente Dilma Rousseff (PT), os 27 deputados federais que votaram contra o impeachment na comissão rejeitaram o “relatório frágil” de Jovair Arantes (PTB-GO)  | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente da República Dilma Rousseff (PT) disse nesta terça-feira (12/4) aos 27 deputados federais que votaram contra o relatório do goiano Jovair Arantes (PTB), que pedia a aceitação da abertura do processo de impedimento contra ela na Comissão Especial do Impeachment da Câmara dos Deputados, que eles se posicionaram a favor da legalidade e deram o exemplo. Para a petista, esses parlamentares mostraram que rejeitam o “relatório frágil” apresentado pelo petebista na Casa.

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Esses “heróis da democracia”, como Dilma os definiu pelo Twitter, garantiram à presidente 41,5% dos votos na Comissão Especial do Impeachment, que aprovou o relatório de Jovair Arantes com a votação favorável dos outros 38 deputados federais.

A presidente afirmou que esses 27 parlamentares garantiram, proporcionalmente, um número acima do que será preciso para barrar o pedido de abertura do processo no plenário domingo (17), que é de 171 votos contra o impeachment. “No plenário, buscaremos fazer ainda mais. Humildade e confiança que vamos em frente.”

E continuou: “São 27 heróis da democracia que tiveram a coragem de se voltar contra o relatório, instrumento de uma fraude. Deram o exemplo parlamentares do PT, PP, PMDB, PSD, PR, PDT, PC do B, PSOL, Rede, PT do B e PEN. Pela firmeza de atitude ao rejeitarem o afastamento de uma presidenta que não praticou crime de responsabilidade, honraram a democracia e a Constituição”.

Na tarde desta terça-feira, no Palácio do Planalto, Dilma disse que “se ainda havia alguma dúvida sobre o golpe, a farsa e a traição em curso, não há mais”. A declaração é parte do discurso feito pela presidente durante o Encontro da Educação Pela Democracia. Veja trecho da fala da presidente:

Jaques Wagner

Antes de Dilma o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, criticou novamente o vice-presidente Michel Temer (PMDB), como tinha feito na segunda-feira (11). Para Wagner, faltou ao peemedebista algo que Temer ainda não demonstrou.

Segundo o ministro, espera-se que o vice-presidente “tenha ao menos humildade” para entregar o cargo caso o impeachment não passe na votação do plenário da Câmara. “Não há possibilidade de perdão para conspiradores. Também não há a mais remota chance de que o vice e Dilma possam compor o mesmo governo”, concluiu Wagner. (Com informações da Agência Brasil)