Desvio na coluna de adolescentes precisa de tratamento

13 fevereiro 2023 às 19h11

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A escoliose idiopática é a curvatura lateral da coluna. O diagnóstico é clínico e inclui radiografias da coluna vertebral. O tratamento depende da gravidade da curvatura.
A escoliose idiopática é a forma mais comum de escoliose e pode ser vista em 2 a 4% das crianças entre as idades de 10 e 16 anos. Meninas e meninos são igualmente afetados, porém a probabilidade de evoluir com necessidade de tratamento é 10 vezes maior nas meninas. Fatores genéticos contribuem com cerca de um terço do risco de desenvolvimento da doença.
A primeira suspeita de escoliose pode ser a visão de um ombro mais elevado do que o outro ou quando as roupas não se alinham corretamente, porém é mais frequentemente detectada durante exame físico de rotina. Outros achados incluem discrepância aparente do comprimento das pernas e assimetria da parede torácica. Os pacientes podem, inicialmente, relatar cansaço na região lombar após ficarem sentados ou de pé por tempo prolongado. Dores musculares no dorso em áreas de tensão.
No Brasil, 6 milhões de pessoas convivem com essa doença, prevalente principalmente em adolescentes do sexo feminino – devido ao estirão do crescimento, é nessa etapa da vida em que a condição costuma…
Sem causas definidas, essa doença pode ser identificada pelo desvio aparente na coluna e também por outros sintomas, como desalinhamento dos ombros, diferenças entre os lados na cintura e nos quadris, além de queixas de desconforto. Sem falar na autopercepção, que é o jeito que o paciente observa seu próprio corpo.
Mas nem sempre a curvatura da coluna ou demais sintomas da enfermidade são perceptíveis, o que retarda a procura por ajuda médica.
Por isso, instituir políticas públicas de busca ativa da doença na fase escolar é fundamental para que a escoliose seja identificada e tratada.