Probabilidade de desocupação no primeiro trimestre de 2021 era de 9,2% para mulheres negras e de 5,6% para homens brancos

Mercado de trabalho | Foto: Pedro Ventura /Agência Brasília

Segundo dados divulgados pelo projeto Plural no portal UOL, sobre uma análise do data_labe, laboratório de dados localizado na Favela da Maré (RJ), indica que raça, gênero e território influenciam no nível de empregabilidade. Análise foi feita por meio de cruzamento de dados que mostram que a desocupação de mulheres negras é o dobro da desocupação de homens brancos.

Além das pessoas ocupadas, que são as que estão empregadas e que trabalham por horas suficientes, existem outras três categorias de pessoas no mercado de trabalho segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A primeira são as chamadas de “desocupadas”, pessoas que apesar de não possuírem um emprego, tomaram alguma providência efetiva para encontrar trabalho e estão disponíveis para assumi-lo, caso encontrem um.

Outra categoria são as subocupadas, que são aquelas que possuem uma ocupação de poucas horas trabalhadas e, consequentemente, uma renda que não dá conta de atender suas necessidades. E por último, as desalentadas, que são as pessoas que gostariam de trabalhar, mas que por algum motivo não realizam buscas efetivas por trabalho.

A probabilidade de desocupação no primeiro trimestre de 2021 era de 9,2% para mulheres negras e de 5,6% para homens brancos. Assim, no momento do ápice da desocupação no Brasil, o risco de desocupação de uma mulher negra é quase o dobro do risco de desocupação de um homem branco.

Probabilidade de desocupação

Segundo a pesquisa Pandemia na Favela, divulgada pelo UOL, a proporção de pessoas empregadas com carteira assinada é de 17% entre os moradores de favela e de 31% no asfalto. Quando o assunto é desemprego, a porcentagem é de 20% para o primeiro grupo e de 9% para o segundo.

Além disso, 8,2% dos brasileiros encontravam-se subocupados durante o início de 2021, muito acima dos 5,9% verificados em 2017. Nesse mesmo período, a chance de subocupação da mulher negra era 35% maior que a do homem branco.

De acordo com o relatório do DataFavela estão em situação de desalento 4 a cada 100 moradores do asfalto. Nas periferias, o número de desalentados é de 6 a cada 100. Isso mostra que, apesar de o desemprego ser maior nas favelas, a quantidade de pessoas que desistem de procurar trabalho é maior por lá. (Com informações do Plural, no UOL).

O índice de pessoas desalentadas constatado pelo IBGE foi de 4,1%, no fim de 2019, para 5,3%, no quarto trimestre de 2020.

*Com informações do Plural no portal UOL