Deputados votam projeto que autoriza professores e alunos a lerem bíblia em sala de aula
07 março 2019 às 10h54

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Autor da proposta, deputado Jeferson Rodrigues defende que “o projeto é de cunho educacional e não religioso”

Após o extenso feriado de carnaval, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) retomou os trabalhos na manhã desta quinta-feira, 7. A promessa para o decorrer do dia é de muito trabalho na Casa. Os deputados que comparecerem à sessão ordinária de hoje, marcada para às 15 horas no Palácio Alfredo Nasser, irão se deparar com uma extensa lista de projetos que aguardam pela apreciação parlamentar. Ao todo, 110 proposituras foram publicadas na pauta prévia, disponível no site oficial da Casa.
A maioria das propostas são de iniciativa parlamentar. Dentre eles, 36 projetos foram direcionados ao Plenário acompanhados de parecer favorável por parte da Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ) da Casa.
Um deles, protocolado com com a numeração 2018000788 e de autoria do deputado Jeferson Rodrigues (PRB), autoriza professores e alunos da rede de educação pública e privada, de todos os turnos e séries, a lerem trechos bíblicos para darem início às aulas.
Segundo a proposta, a leitura é facultativa. Sobre os trechos, o documento apresentado pelo parlamentar ressalta que devem ser de fácil entendimento e que fale de “amor, justiça, fidelidade e fé”. O parlamentar veda qualquer tipo de menção a religião ou instituições religiosas sob o argumento de que a bíblia não é uma religião, e sim, “um livro sagrado onde todos podem ter acesso”.
Em justificativa, o parlamentar defende que o projeto “tem a finalidade de enriquecer o conhecimento dos alunos, pois os conhecimentos norteiam as atitudes humanas”. Para ele, “o projeto é de cunho educacional e não religioso”. “A leitura bíblica proporcionará aos alunos fundamentos históricos e sua iniciativa não se contrapõe ao estado laico. Proibir a leitura bíblica nas escolas é uma intolerância que leva ao preconceito e um ato de discriminação”, argumentou o deputado.
O projeto foi distribuído para relatoria do deputado Hélio de Sousa (PSDB) ao transitar pela CCJ. O parlamentar, por sua vez, concedeu parecer favorável à matéria que seguirá, agora, para apreciação em Plenário.