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Obra conta história de menino que decidiu se engasgar com uma maçã para ir ao mundo das imaginações. Parlamentares pedirão análise técnica

Os deputados estaduais Jeferson Rodrigues (PRB) e Cairo Salim (Pros) usaram a fala durante o pequeno expediente desta quarta-feira, 18, para denunciar o conteúdo de um livro infantil julgado por eles como inadequado. O livro “O menino que espiava pra dentro”, da escritora Ana Maria Machado é o mesmo que ganhou repercussão negativa no ano passado, por ser apontada como alusão lúdica ao suicídio.

Em 2018, quando trechos da obra passou a circular pela internet, a escritora e editora Global, responsável pela impressão dos livros, se defenderam, afirmando que as referências criticadas seriam alusões às histórias da Branca de Neve ou da Bela Adormecida e que constituiriam parte integrante do universo da história.

O livro que conta a história de um menino que buscava estar no mundo da imaginação traz em um dos trechos como o personagem “Lucas” pode ir para o universo das fantasias após a conversa com um amigo imaginário: engasgando-se com uma maçã. O trecho polêmico detalha ainda que Lucas deveria se engasgar durante a noite, após a família dormir, para que não o desengasgassem.

Ao Jornal Opção, o deputado Jeferson Rodrigues afirmou que após ler o livro ficou revoltado. Segundo o parlamentar, será encaminhado um pedido de análise técnica que deve ser feita por pedagogos e demais profissionais da área, mas adianta: “Não tem como tirar isso, qualquer individuo que ler o que está lá vai ver o mesmo que lemos aqui”, afirmou o deputado.

Após a análise, Jeferson Rodrigues diz que a Casa irá tentar por meios legais barrar a divulgação do livro. “Nós vamos reunir os deputados estaduais e ver de que forma nós vamos impedir que as nossas crianças venham, através da literatura infantil e por livros como esse, serem induzidas ao suicídio”, finalizou.