Em sessão da Assembleia Legislativa, parlamentares do partido dizem que não há negociação para formação de chapa majoritária com nome petista

Deputados estaduais Francisco Júnior, Virmondes Cruvinel e Lincoln Tejota não veem espaço neste momento para aliança eleitoral com o PT para disputar a Prefeitura de Goiânia
“Seria uma irresponsabilidade minha dizer que existe alguma negociação nesse sentido.” A fala do deputado estadual Francisco Júnior, um dos possíveis pré-candidatos a prefeito pelo PSD em Goiânia, mostra o que a bancada do partido sente no momento, a impossibilidade de uma aliança PSD-PT nas eleições majoritárias (prefeito e vice-prefeito) em outubro deste ano.
Mas este é o posicionamento dos três deputados estaduais do PSD, o que não descarta uma possível negociação e dialogo aberto entre o prefeito Paulo Garcia (PT) e seu partido com o presidente estadual pessedista, o secretário estadual Vilmar Rocha, da pasta de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).
Em janeiro, Vilmar Rocha e Paulo Garcia se reuniram. Segundo os parlamentares do PSD, que não acompanharam esse encontro, o contato não passa de discussão de parcerias administrativas entre governo e prefeitura, além do fato de o presidente nacional do PSD, o ministro das Cidades Gilberto Kassab, ser responsável por recursos da União nas áreas de infraestrutura urbana.
O deputado estadual Virmondes Cruvinel, que é apontado por outros membros do PSD, inclusive o colega de Assembleia Lincoln Tejota, como um dos principais nomes para pré-candidato do partido em Goiânia ao lado de Francisco Júnior, não concorda com uma possível aliança entre PT e PSD. “No que tange à parte política, a contar com a minha opinião, eu prefiro ficar distante.”
Para Lincoln Tejota, além de ser interesse e projeto do PSD lançar pré-candidato a prefeito, possivelmente nesta quarta-feira (17/2), o cenário é improvável para imaginar o PT hoje como vice na chapa majoritária de outro partido. Tejota disse entender que nomes como o dos deputados estaduais petistas Adriana Accorsi, Luis Cesar Bueno e Humberto Aidar, que já se colocaram à disposição da sigla para disputar o cargo de prefeito em outubro, não desistiriam facilmente de ocupar esse espaço no pleito. “Nós não abrimos mão de lançar candidatura própria”, enfatizou o parlamentar.
“Até o presente momento — eu tenho participado ativamente dessa questão, dessa decisão do partido, do lançamento de candidato do partido – não há nenhum tipo de negociação com o PT. Houve sinalizações, tentativas de conversas, mas até o presente momento nenhum tipo de sinalização de que isso possa acontecer.” O discurso de Lincoln Tejota é o de que não há espaço ou confirmação dessa aliança até o momento.
Mesmo como base de sustentação do governo federal encabeçado pelo PT, Francisco Júnior disse entender que o partido em Goiânia tem liberdade para seguir como oposição ao grupo petista no formato administrativo adotado para a capital. “Em médio e longo prazo em uma discussão teórica falar em parceria tudo bem. Agora em termos pragmáticos, não existe condição de fazer uma aliança neste momento.”
Francisco Júnior disse entender que quando o assunto tratado são discussões de parcerias administrativas entre governos federal, estadual e municipal, não há nomes ou partidos, e sim o interesse do povo. Mas que há uma distinção bem clara entre trabalhar em conjunto pelo bem da sociedade e construir um projeto eleitoral.
“As especulações vêm, é o momento para isso. Pode se conversar. Mas de forma bem prática e objetiva, eu vejo com muita dificuldade uma junção nesse momento, uma aliança, uma fusão desses dois partidos nesse momento”, pontuou Francisco Júnior. (Com Bruna Aidar)
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