Deputados do MDB apoiam aliança com Ronaldo Caiado
11 julho 2021 às 08h17
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Com projeção de acordo com 2026, parlamentares divergem sobre quando o anúncio deve ser feito: de imediato, com a possibilidades de emedebistas participarem da gestão do Governador, ou apenas no próximo ano após convenções partidárias
Com proximidade da disputa eleitoral de 2022, lideranças políticas-partidárias estão articulando as suas bases eleitorais para chegar com musculatura reforçada para concorrer ao pleito. Em Goiás, é certa a candidatura à reeleição do governador Ronaldo Caiado (DEM). Bem avaliado nas pesquisas, apesar da gestão em meio à pandemia da Covid-19, com boa relação política no interior e base aliada consolidada na Assembleia Legislativa.
Desde o início da gestão, o democrata alinhou com deputados emedebistas, partido derrotado e principal adversário nas eleições de 2018. O deputado Bruno Peixoto (MDB) é o líder do governo na Alego e o deputado Humberto Aidar (MDB) presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerado um dos mais importantes cargos dos legislativo estadual.
Nessa perspectiva, a composição de uma aliança entre DEM e MDB para eleições de 2022 é dada como certa. E conta com o apoio da bancada do MDB no legislativo. Para parlamentares emedebistas, o anúncio do namoro deve ser feito de imediato, assim, como a participação da sigla na gestão de Ronaldo Caiado.
O deputado Bruno Peixoto é enfático ao afirmar que defende a aliança com o governador Ronaldo Caiado e anúncio o “mais breve possível”. “Nós, emedebistas, sempre fomos adversários do PSDB, o MDB apoiou Ronaldo Caiado para senador, o MDB tem o história de aliança no interior com o Democratas”.
“Nós temos que entender que é o melhor governo dos últimos tempos. Defendo a união MDB e Democratas anunciada antecipadamente para que os municípios geridos pelo MDB possam participar da gestão do Ronaldo Caiado e ajudar a administrar o estado. E dar continuidade de todas as melhorias para a população de Goiás. Nós temos que nos unir e trabalhar pela reeleição do governador Ronaldo Caiado. Todos os prefeitos emedebistas são favoráveis a união imediata Democratas e MDB. Eu espero que a vontade da maioria prevaleça. E aqueles que forem vencidos pela maioria tenham respeito pela decisão e a acompanhe”, enfatizou Bruno Peixoto.
Compartilha da mesma perspectiva, o deputado Humberto Aidar. Para ele, antecipar a composição poderá acomodar os partidos que estão junto com o governador. “Eu defendo o Daniel [Vilela, presidente estadual do MDB] faça parte da chapa majoritária com o Caiado, independente do cargo. Eu não defendo apoio escondido. Somos três deputados que apoiamos o governador”.
Segundo Humberto Aidar, a candidatura a governador de Daniel na última eleição “foi importante para o partido, marcou o nome no estado. Eu penso que partido grande tem que participar das eleições e o Daniel, naquela oportunidade, uma liderança que estava surgindo, já com ‘pedigree’ político por ser filho do Maguito quebrou a história de que o MDB não tinha renovação. Eu achei o Daniel muito corajoso”.
Articulado, o presidente da CCJ da Alego quer fortalecer o partido e “atrair bons candidatos para o MDB voltar a ter força de deputado federal para acesso ao fundo partidário e uma boa chapa de deputado estadual. E Daniel tem feito isso que quase diariamente”.
Para Aidar, a sigla, no geral, é favorável ao alinhamento com o Caiado projetando um acordo para sucessão ao Palácio das Esmeraldas em 2026. “O MDB está há muito tempo fora do governo e não vale colocar nenhum quadro nosso para marcar posição. Temos que ser muito prático nisso. O Daniel hoje na chapa e amanhã o MDB saia cabeça de chapa com o apoio do Caiado senador. O governador vê com excelentes olhos a união com o partido”, afirma.
O deputado Henrique Arantes (MDB) afirma que aproximação de Daniel Vilela e Ronaldo Caiado se dá a partir de “um trato fino e diplomático. Sem rusgas”. Ele afirma que que o “MDB é a noiva da vez” e pode somar em para qual chapa integrar. “O Caiado está começando o governo agora. Acredito que essa aliança se sacramenta. Acho que isso é real de acontecer”.
Arantes defende que a decisão deve ocorrer apenas no próximo ano, durante as convenções. “Não é a hora do partido decidir. Internamente algumas pessoas defendem a candidatura própria e outras aliança com o governo. Isso vai ser resolvido com o tempo. O partido tem que jogar de forma pragmática. Temos que ver onde é a melhor chance. Mas a possibilidade dessa aliança é muito grande”, reforça.
(Colaborou Frederico Jotabê)