José Vitti dirige empresa da mineração no interior do Estado e procura facilitar investimentos. No entanto, momento de crise barra aplicações

O deputado estadual José Vitti (PSDB) defende a criação e uma agência de fomento à produção mineral em Goiás. A iniciativa do tucano é justificável, pois é advogado e empresário do ramo da extração de calcário. Porém, é debatida em momento de crise financeira no estado e no país.

Ex-presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, o deputado entrou no ramo por influência dos pais, ao assumir a presidência das empresas da família, em 2003. O conglomerado é formado por Goiasfiller, Goiascal e ZV Agropecuária. O empresário é militante e já presidiu sindicato da categoria em 2006.

Caso a ideia da agência de fomento tome corpo, o tucano vai pregar pela resolução de problemas como a falta de crédito para a agropecuária, alta carga tributária, excesso de burocracia decorrente da legislação ambiental-mineral e o elevado custo do frete.

Crise

Minerador Anglo American, em Barro Alto, retira ouro e cobre | Foto: Divulgação/Anglo American
Mineradora Anglo American, em Barro Alto, retira ouro e cobre | Foto: Divulgação/Anglo American

Em fevereiro de 2011, o ministério de Minas e Energia apresentou o Plano Nacional de Mineração 2030 com previsão de investimento da ordem de U$ 350 bilhões no setor da mineração e transformação mineral. A maior parte dos recursos viria da iniciativa privada.

Por outro lado, até 2011 a mineração representou a segunda fatia do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, ficando atrás apenas do agronegócio. Nesse período o Estado chegou a ocupar a terceira posição como o mais forte da federação a atuar no ramo no país.