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“Suas tentativas tirânicas, mas pequenas, assim como essas intimidações e ameaças não funcionarão. A reportagem não vai ser impedida. É melhor aceitar”, respondeu o jornalista

O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) publicou uma série de tuites para justificar a “desconvocação” do jornalista Glenn Greenwald à Câmara – o criador do The Intercept teria sido convocado por membros do PSL para falar sobre as matérias envolvendo Moro e Dallagnol, mas a sigla desistiu após ter o apoio de congressistas de esquerda.

No primeiro tuite, Jordy afirma ter visto um vídeo de Glenn em que o jornalista debochava do PSL e dizia que o paertido amarelou em convidá-lo na Comissão de Segurança. A partir da aí, o deputado enumera a suposta verdade.

Postagens

Segundo Jordy, ele não estava lá, “mas jamais teria deixado que fizessem convite. O convidado não é obrigado a responder perguntas, responde o que quer. Aquilo se tornaria um palco para a esquerda blindá-lo e ele falaria o que quisesse de forma distorcida”.

Depois disso, o legislador afirma que o ideal seria uma convocação em uma CPI, e que ele já colhe assinaturas. “Independente do seu comparecimento ao Congresso, seu caso já está sendo investigado na justiça. Você praticou ativismo jornalístico através de um ato criminoso, o que lhe faz cúmplice”, acusou.

Em outra postagem, Carlos pede que Greenwald respeite o País que o recebeu e que ele pode ser deportado.

Por fim, ele retorna à CPI e diz que, caso seja convocado, “não vale amarelar e recorrer ao STF impetrando HC para não comparecer”.

Resposta

Glenn respondeu, também, pelo Twitter. “Caro deputado: ameaças como essas o governos dos EUA e Reino Unido, a CIA, etc. não impediram nossa reportagem do Snowden, e suas tentativas tirânicas, mas pequenas, assim como essas intimidações e ameaças também não funcionarão. A reportagem não vai ser impedida. É melhor aceitar”.

As postagens de Jordy tiveram como resposta um misto de apoio a ele, mas em sua maioria, aparentemente, ao jornalista do The Intercept.