Deputado goiano estima que Viagra foi superfaturado em 550% pelas Forças Armadas
04 maio 2022 às 18h12
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Medicamentos encontrados por R$ 0,48 pelo Ministério da Saúde, teve empenho pelo Governo Federal ao custo entre R$2,91 e R$3,14 para os militares
A pedido das Forças Armadas, o Governo Federal empenhou recursos públicos para a aquisição de 11 milhões de comprimidos de citrato sildenafila, conhecido como Viagra, com custo unitário entre R$2,91 e R$3,14. Porém, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) estima que houve superfaturamento dos preços, uma vez que o mesmo medicamento, de 25 e 50 miligramas, já havia sido orçado no ano passado, por preço unitário de R$ 0,48.
Assim, o parlamentar constatou que os valores ficaram 550% mais altos. Ele considerou a obtenção de preços durante a realização de pregões eletrônicos, como o de n° 74/2021 e 16/2022, promovido pelo Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que orçou o fornecimento de 879.912 comprimidos de citrato de sildenafila, com os menos R$ 0,50.
Vaz afirma que com a compra do lote de Viagra feita pelos militares houve prejuízos aos cofres públicos que podem alcançar R$ 28 milhões. De posse dos dados, o deputado protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o suposto superfaturamento. Na semana passada, o contrato firmado entre o comando da Marinha e o laboratório EMS S/A foi divulgado e mostra um acordo prevendo transferência de tecnologia de fabricação do remédio para o laboratório da Marinha.