Desde 2016, formas de mobilidade urbana em Goiânia vêm se reinventando

Foto: Divulgação/Colagem

As apostas começaram em 2016 com a inauguração de bicicletas compartilhadas em Goiânia. À época, a poucos dias de deixar o Paço Municipal para o seu antecessor, Iris Rezende (MDB), o prefeito Paulo Garcia (PT) concretizou o projeto — popularmente conhecido como “DeBike” — na Capital. Patrocinado pelo plano de saúde Unimed, inicialmente foram disponibilizadas um total de 150 bikes distribuídas em 15 diferentes pontos de Goiânia.

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Foi um marco importante para a Capital que, pela primeira vez, vivenciava uma alternativa de transporte autônoma e tecnológica simultaneamente. Surgiram diversas críticas sobre o serviço. Alguns chegaram a cogitar, à época, que não duraria muito tempo. Porém, o modelo acabou se perpetuando ao longo do tempo e, apesar dos poucos usuários em trânsito pela cidade, as bikes continuam acessíveis.

Mas a bola da vez está com os patinetes. Eles foram implantados em Goiânia há menos de um mês e — ao menos por enquanto — têm dado certo. Isso, porque o fator curiosidade tem se mostrado preponderante dentre a maioria dos interessados no serviço. Basta uma visita aos locais com maior fluxo de usuários e a sensação inusitada de se utilizar o aparelho se tornará nítida.

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Conforme mostrado pelo Jornal Opção anteriormente, semelhante às bicicletas, o serviço também é ativado por aplicativo. Apesar do preço elevado do aluguel, a maioria dos que testaram o patinete dizem ter gostado.

Uma das características que agradou o público foi a quantidade de pontos disponíveis para solicitar e também deixar os patinetes. Não existem pontos físicos, o usuário precisa deixar em uma das estações virtuais informadas no aplicativo, são locais próximos a comércios e locais com grande fluxo de pessoas.

Novo modal

Essa “sacada” foi muito bem aproveitada pela Uber que afirmou à reportagem que ainda este ano irá implantar um novo serviço de mobilidade urbana no País.

A empresa, que “ajuda a fortalecer a economia local e a aprimorar a mobilidade urbana” tem investido em um novo modo de circulação. Trata-se das bicicletas motorizadas. “A Uber está se transformando em uma multi-plataforma e repensando a forma como as pessoas e coisas vão se mover de um lugar para o outro”, destaca a direção.

“Nossa visão de futuro é que o negócio da Uber será muito mais do que conectar pessoas apenas a carros. Queremos que o aplicativo se torne uma plataforma onde o usuário possa escolher o melhor modal para seu deslocamento.”

Modelo de bicicleta compartilhada que será implantado no Brasil ainda este ano / Foto: Divulgação/Uber

Pensando nisso, a Uber adquiriu, em 2018, nos Estados Unidos (EUA) a startup de compartilhaemtno de bicicletas elétricas JUMP Bikes, como parte do plano da empresa de expandir seus serviços. Essa novidade chegará ao Brasil em 2019 e promete um serviço ainda mais autônomo e iteligente.

Em seu site, a empresa reforça: “Não perca tempo no trânsito, suba encostas e chegue ao seu destino sem qualquer esforço”. Isso porquê as bicicletas que serão disponibilizadas pelo serviço de aplicativo contarão com motor elétrico para garantir maior velocidade no deslocamento dos usuários. “O motor dará a ajuda que precisa enquanto pedala. Não haverão dificuldades em subir encostas”.

A diferença é que, ao finalizar a viagem, o usuário terá que prender a bicicleta usando um cadeado em “U” em um local condizente com as regras de uso do serviço. Haja vista que outros serviços prestados pela empresa e instaurados primeiramente nas grandes metropoles do país não demoraram muito para chegar à Goiânia – Uber Eats e Uber Juntos, por exemplo – as bicicletas elétricas poderão, em breve, ser mais uma alternativa de decolamento para os goianienses.