Delegado Waldir nega possibilidade de fusão do PSL com o DEM e o PP
22 julho 2021 às 17h36
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O deputado diz que a possível negociação de fusão das siglas ainda não foi discutida internamente no PSL. E afirma ter muitos entreves, como a pré-candidatura do jornalista José Luiz Datena a presidente da República, dificuldade de composição nos estados e a prioridade do partido com a eleição de deputados federais
O deputado federal delegado Waldir Soares (PSL) negou a informação de fusão dos partidos PSL, DEM e PP. Segundo o parlamentar goiano, a possível negociação não teria sido discuta internamente na sigla. “Até o momento o nosso presidente [Luciano] Bivar não se manifestou. Acredito que possa ter uma união de bancadas dentro do Congresso Nacional. Mas a fusão das siglas não foi discutida em nenhum momento nas nossas reuniões”.
Para o deputado, que encontrou presencialmente com Luciano Bivar na semana passada, a prioridade do PSL é eleger deputados federais nas eleições de 2022. “Eu acho difícil [uma fusão] em razão do PSL ter lançado um pré-candidato a presidente da República que é o Datena. A prioridade do partido é a eleição de deputados federais, então, dentro desse critério eu não acredito nessa junção”.
Em nota, o PSL afirma que mantém excelente diálogo com a maioria dos partidos. “Com a filiação do jornalista José Luiz Datena, nome expressivo na conjuntura política, e agora com sua pré-candidatura à Presidência da República, o PSL já decidiu seu rumo para a eleição de 22 com candidatura própria”.
“Assim é natural que os demais partidos com pautas convergentes se aproximem para abrirmos essa discussão, porém jamais abriremos mão de nossos ideais liberais, defendidos desde nossa fundação. Qualquer avanço no sentido de fundir-se, por conseguinte, enfrentará esses e outros entraves”, diz a nota enviada ao Jornal Opção pelo deputado.
De acordo com o delegado Waldir, um dos entraves se daria na composição nos estados. “Mesmo sendo três partidos de direita e liberais acho complicado a composição dos estados. Existe um grupo forte no PP que é muito alinhado ao ex-presidente Lula, principalmente, no nordeste. Em Goiás, temos hoje minha pré-candidatura para o senado. Teria que ter muito diálogo político porque o governador Ronaldo Caiado tem uns 10 pré-candidatos a senador”.