Para advogados do ex-deputado federal, não há provas contra seu cliente. Eles argumentam ainda que benefícios concedidos pelo Ministério Público não são razoáveis

A defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) anule o acordo de delação da JBS com o Ministério Público Federal (MPF), que envolve o peemedebista. Ele foi citado pelo proprietário da empresa, Joesley Batista, em conversa com o presidente Michel Temer (PMDB).

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Na gravação do diálogo, Joesley sugere que estaria pagando, com suposta anuência de Temer, uma mesada ao ex-deputado para que ele não denunciasse o presidente e o empresário. Ao fazer o pedido, a defesa de Cunha alega que não há provas desses pagamentos e critica benefícios concedidos a Joesley e seu irmão e sócio, Wesley Batista.

Os dois foram livrados da prisão e obtiveram permissão para morarem nos Estados Unidos. Para a defesa de Cunha, os benefícios não são razoáveis nem proporcionais, visto que os irmãos teriam cometido vários crimes e são investigados em várias operações.

Cunha está preso desde outubro de 2016, acusado de receber propina em um contrato de exploração de petróleo da Petrobras no Benin, na África. Ele já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a mais de 15 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.