Para deputado, tentativa de enquadrar Goiás no RRF é o caminho do comodismo e da incompetência

O deputado federal Rubens Otoni (PT) teceu críticas aos primeiros passos do governo Caiado, nesta quinta-feira, 24, principalmente em relação à publicação do decreto de calamidade pública e tentativa de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
De acordo com o petista, existe sim um desequilíbrio nas contas e uma crise fiscal, mas que a tentativa de “vender uma imagem” de calamidade pública é de uma irresponsabilidade muito grande, podendo até influenciar negativamente na atração de novos investimentos.
“Uma evidência de que o decreto de calamidade é uma farsa é a atitude do governo que ao mesmo tempo que não paga o salário dos servidores do mês de dezembro e propõe parcelar em vários meses, libera o pagamento de janeiro que ainda não venceu”, disse Otoni.
Segundo o deputado, o corte de gastos, revisão de contratos, cobrança dos grandes devedores e fiscalização tributária deveriam ser o centro do debate para superação da crise real.
“Sou contra o decreto de calamidade financeira. Tentar transformar a crise em calamidade para justificar suas ações só piora a situação do estado no médio prazo”, afirmou Otoni.
O deputado disse que ao insistir em não pagar o salário de dezembro dos servidores, o governo estadual confirma o seu perfil elitista. “Diante de qualquer dificuldade o corte não será nos privilégios do andar de cima, mas nos direitos dos debaixo, que já não tem quase nada.”
O parlamentar afirmou ainda que o povo está pagando a conta da velha política da briga de coronéis, com um jogando a culpa para o outro. “Com essa atitude o governo demonstra que não tem estratégia para enfrentar a crise e se coloca dependente de uma ajuda federal que não virá”, concluiu.
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