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Em live realizada pela UFG nesta quarta-feira, 25, professores especialistas debateram questões relacionadas ao planejamento das cidades

Goiânia | Foto: Paulo José

O projeto cidade para todos debate questões relacionadas ao Plano Diretor. Em live realizada no canal da UFG no YouTube nesta quarta-feira, 25, o tema foi o adensamento urbano e meio ambiente. Professores especialistas no assunto, apresentaram a necessidade de um planejamento que se pense no todo, levando em conta as mudanças climáticas e as condições da população.

Um cenário previsto no debate é de que os processos migratórios rápidos vão intensificar o adensamento. Na perspectiva do professor e pesquisador Francisco Mendonça (UFPR), durante a live, explica que dentro desse cenário existe essa tendência de que eventos climáticos devem se repetir mais e com maior intensidade nos 70 a 100 anos futuro.

“Nos chama atenção que a cidade intensifica riscos dos eventos extremos. O ordenamento urbano é um designo do planejamento e da gestão das cidades”, pontuou.

A discussão chega ao ponto da adequação a realidade, em que devem ser analisados aspectos diversos e não de uma forma singular. “Falando no futuro a cidade tem que ser mais justa e igualitária, ou seja, inclusiva. Os impactos não são iguais para todos”, destacou o professor ainda na live.

Na avaliação do professor, é preciso considerar além da dinâmica da natureza do mundo tropical e do cerrado que tem climas particulares, a concentração de renda, a especulação que se faz sobre a propriedade imobiliária da cidade e o poder desses agentes do capital urbano que decidem e deliberam sobre as políticas urbanas.

No debate, o também professor Gabriel Tenaglia (UniGoiás), cita relatório climático que aborda questões importantes e que precisam ser observadas no planejamento da cidade. “Esse impacto ambiental vai afetar a questão econômica, além do impacto social”, disse.

“Hoje quando se discute Plano Diretor, é preciso trazer essas informações e começar aplicar isso dentro do mesmo, que é a política pública mais importante que temos dentro do município trabalhando a ideia de desenvolvimento sustentável. O Plano Diretor talvez seja o caminho para conseguir reverter esse processo”, completou o professor em live da UFG.