Controle do partido em Goiás está com o 1º vice-presidente nacional da legenda, Eduardo Machado e tem como meta eleger Felipe Cortês para estadual

Depois da saída do deputado federal José Nelto do Podemos – agora no PP, o controle do partido ficou com o então vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, em uma tentativa de cravar espaço político para a oposição de Ronaldo Caiado (União Brasil), em nome de Gustavo Mendanha (Patriota). Acontece que, com o objetivo de continuar na base caiadista, o partido voltou para as mãos dos apoiadores da atual gestão do Estado, com Eduardo Machado na presidência regional.

Ao Jornal Opção, o dirigente da sigla teceu elogios à gestão de Caiado. “Acredito que foi um governo imaculado”, afirmou. Ele destaca que durante os quatros anos não houve denúncias de corrupção, que as estradas estaduais estão conservadas e que não houve a criação de novos pedágios, sendo destacado por Machado que adversários de Caiado poderiam fazer isso – Eduardo é o atual presidente do Departamento Estadual de Trânsito, além das pessoas estarem satisfeitas com a segurança pública. “As pesquisas mostram que nunca houve uma sensação de segurança como hoje, em que os índices de criminalidade abaixaram tanto”, afirma.

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Em relação a montagem de chapa, Machado diz que o Podemos possui 42 pré-candidatos a deputado estadual e 18 para federal, sendo o limite para a campanha. Ao ser questionado quantos deputados pretende eleger, ele não quis dizer um número, mas afirmou que o partido trabalha fortemente para a eleição de Felipe Cortêz, atual presidente metropolitano do partido, para que este chegue até a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Temos em nossa chapa pessoas que já foram testadas nas urnas com uma média de 9 mil votos e estamos fazendo um super trabalho estrutural, político e financeiro para o Felipe [Cortêz] ser o mais votado da chapa. Não estou preocupado com quantidade, mas quero elegê-lo”. Para deputado federal, o Podemos conta com ex-deputado federal por Minas Gerais, Enio Tatico e com o irmão do vice-governador de Goiás, Yuri Ben-Hur Tejota, e filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sebastião Tejota.

Eduardo comentou também sobre a saída de Zé Nelto por não ter conseguido estruturar o Podemos em Goiás. “Apesar de ser um excelente deputado e fazer um bom trabalho político eleitoral, ele não conseguiu desenvolver a estruturação partidária no sentido de uma chapa de candidatos para federal e estadual”. Nelto ficou no comando da sigla durante os últimos quatro anos. Em relação ao minguado apoio para Mendanha, que havia cogitado se filiar na sigla, Machado afirma que foram uma sucessão de acontecimentos para que houvesse o distanciamento. “Ele disse que se encarregaria de estruturar a nossa chapa e não ajudou. Esteve três vezes em São Paulo na casa da presidente nacional [Renata Abreu] dizendo que se filiaria e isso não aconteceu. E depois, a gota d’água foi quando declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), quando na época tínhamos como pré-candidato o Sergio Moro (União Brasil). Isso hoje não seria um problema, porém na época foi. Chegamos inclusive a fazer um comprometimento financeiro com ele”, pontua.