O Instituto Marielle Franco, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, lançou o livro Rosas da Resistência: Trajetórias e aprendizados de mulheres negras não eleitas no último sábado, 22, às 17h, na Casa Comum, em Brasília-DF. O lançamento da obra marca o início da Semana por Reparação e Bem Viver da Marcha Nacional das Mulheres Negras.

O livro reúne a força política, a memória e as trajetórias de Andreia de Lima, Ayra Dias, Bárbara Bombom, Camila Moradia, Dani Nunes, Débora Amorim, Flávia Hellen, Joelma Andrade, Lana Larrá e Mayara Batista. O evento contou com a presença dessas dez lideranças e diretora Executiva do Instituto Marielle Franco, Luyara Franco.

A goiana Bárbara Bombom é uma mulher trans de 33 anos. Afirma que é quilombola, da periferia, trancista e que já passou por tudo nessa vida – inclusive a prostituição. “Esse livro vem do projeto Respiro do Instituto Marielle Franco, que ajuda as mulheres candidatas negras não eleitas. A ajuda financeira é para poderem respirar e darem andamento nas suas vidas, especialmente, para não desistam da carreira política”, explica.

A história de Bárbara Bombom no livro Rosas da Resistência | Foto: Arquivo Pessoal

Ainda de acordo com Bárbara Bombom, a Marielle Franco é uma inspiração para tantas outras mulheres pretas do Brasil. Ela construiu um legado na política e continua sendo esperança e mudanças. “Mais histórias de mulheres negras e mulheres reais precisam ser contadas. Precisamos saber quem são essas mulheres e por que elas se colocam nesses lugares”.

A obra é organizada pelos pesquisadores Aron Giovanni Oliveira e Brisa Lima da Silva e o prefácio foi escrito pela deputada federal Benedita da Silva. Pode ser adquirido gratuitamente, é só baixa-lo pelo link da Bio do Instituto Marielle.

Leia também:

“Nossa maior preocupação hoje é moradia” diz a ativista trans Bárbara Bombom

Do quilombo ao mundo: conheça Bárbara Bombom