Criminoso enviava fotos sensuais e, posteriormente, solicitava que a vítima fizesse o mesmo. Durante varredura foram encontrados diversos celulares na cela

A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde, cumpriu mandado de prisão preventiva contra um detento da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Jataí. O suspeito seria responsável por extorquir vítimas que compartilhavam fotos íntimas via aplicativo de mensagens.

Segundo os investigadores, o detento agia por meio de perfis falsos nas redes sociais, se passando por mulheres. Ele enviava fotos sensuais e, posteriormente, solicitava uma foto íntima da vítima.

Após obter as imagens, o investigado contatava a vítima, se passando por mãe ou pai da falsa menina – que alegava ser menor – e exigia depósito em dinheiro para não denunciar os fatos.

Em alguns casos, segundo a polícia, o criminoso ameaçava divulgar as fotos sensuais das vítimas nas redes sociais e ainda enviar as imagens para a família do extorquido caso não recebesse o valor solicitado.

Em uma situação específica, o suspeito chegou a se identificar como delegado de polícia, utilizando, inclusive, uma foto de um delegado no perfil do aplicativo WhatsApp. Na troca de mensagens ele dizia que se a vítima não transferisse os valores acabaria presa.

Durante o cumprimento de mandado de busca na cela em que o detento se encontra preso, na cidade de Jataí, os policiais civis e penais apreenderam 11 aparelhos de telefones escondidos em fundos falsos nas paredes e camas da cela. A Polícia Civil também cumpriu mandados de buscas nas casas de familiares, onde foram apreendidos vários comprovantes de depósitos bancários e outras provas.

Após analisarem os aparelhos apreendidos, as autoridades constataram um número bem maior de vítimas que ainda não registraram ocorrência, muitas pertencentes a outros Estados. Todas realizaram depósitos em dinheiro por medo que as imagens terminassem vazadas. No entanto, estas vítimas realizaram depósito de valores temendo que as imagens compartilhadas fossem divulgadas ou que fossem denunciados à polícia.

Segundo as autoridades, as investigações devem prosseguir na tentativa de identificar o envolvimento de outros detentos na prática criminosa.