Pesquisa revela que 85% dos presentes no protesto do último domingo (16/8) em São Paulo acreditam mais na renúncia do que no impeachment

Em pesquisa realizada no protesto contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na capital paulista no último domingo (16/8), a Datafolha levantou que, entre os 135 mil manifestantes, 85% preferem que a presidente renuncie.

A possibilidade de renúncia foi questionada pela primeira vez e o número dos favoráveis foi maior do que o daqueles que acreditam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), deve abrir processo de impeachment contra Dilma, que foi de 82%.

Entre os presentes no protesto, 95% consideram o governo da presidente ruim ou péssimo e 15% acham que a presidente não deveria sofrer impeachment. 49% dos entrevistados acham que a presidente realmente será afastada e 44% acreditam que Dilma não sairá da Presidência.

A Datafolha perguntou também sobre quem assumirá caso a petista saia e 69% responderam corretamente, dizendo “Michel Temer” ou “o vice-presidente”. 6% disseram que haveria novas eleições, 4% disseram que seria o senador Aécio Neves (PSDB), 2% disseram Eduardo Cunha e 1% apontaram o Exército como sucessor natural.

A pesquisa abordou também a possibilidade de serem convocadas novas eleições, caso a chapa de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (PMDB) seja cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e 67% dos questionados responderam que votariam em Aécio, que ficou em segundo lugar nas eleições de 2014. Outra resposta frequente foi o nome da ex-senadora Marina Silva (sem partido).

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.