Datafolha: Bolsonaro cresce 3 pontos e chega a 35%, Haddad oscila 1 e tem 22%

04 outubro 2018 às 20h58

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Na intenção de votos válidos, descartados nulos, brancos e indecisos, candidato do PSL atinge 39%, o que o distancia 11 pontos de uma vitória no primeiro turno no momento

A três dias das eleições, a nova rodada da pesquisa Datafolha contratada pela Folha de S.Paulo e a Rede Globo mostra um crescimento de três pontos percentuais do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que saiu de 32% das intenções de votos para 35%. Com isso, o deputado federal e capitão da reserva do Exército chega a 39% dos votos válidos no levantamento, o que o coloca a 11 pontos de distância de uma vitória no primeiro turno.
Em segundo lugar na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que havia oscilado negativamente um ponto na rodada anterior do Datafolha, recuperou esse ponto e aparece com 22% da preferência do eleitorado. Nos votos válidos, o petista surge com 25%.
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) se manteve inalterado nos mesmos 11% e continua no terceiro lugar com 13% dos votos válidos na rodada desta quinta-feira (4/10). Também permaneceu na quarta posição o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou um ponto para baixo e tem 8% das intenções de votos, o que o coloca com 9% da votação válida neste momento.
A ex-ministra Marina Silva (Rede) aparece na quinta colocação com 4% da preferência do eleitorado, seguida de João Amoêdo (Novo), que tem 3%, o senador Alvaro Dias (Podemos) e o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) nos 2% cada. O deputado federal Cabo Daciolo (Patriota) aparece com oscilação negativa de 2% para 1%.
Vera Lúcia (PSTU), Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram. As intenções de votos em branco, nulo ou a nenhum dos candidatos oscilou na margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos, de 8% para 6%. Os eleitores que não souberam responder se mantiveram nos 4%.
Intenção estratificada
No cenário estimulado, Bolsonaro subiu de 38% para 42% das intenções de votos masculinos. Entre os homens, Haddad se manteve com 22% da preferência do eleitorado. Ciro tem 10%, Alckmin 7%, Marina e Amoêdo 3% cada, Alvaro e Meirelles 2% cada, Daciolo 1%, indecisos 3% e brancos, nulos ou nenhum 5%.
Entre as mulheres, o capitão da reserva oscilou de 27% para 28% da preferência das eleitoras no levantamento estimulado, Haddad subiu de 20% para 23%, Ciro se manteve em 12%, Alckmin nos 9% e Marina com 4%. Amoêdo tem 3% de intenções de votos femininos, Alvaro e Meirelles 2% cada, Daciolo e Boulos 1% cada. As indecisas são 7% e votam branco, nulo ou em nenhum dos candidatos outras 7%.
No Centro-Oeste, Bolsonaro lidera com crescimento de quatro pontos e tem 41% de intenções de votos. Haddad caiu na região de 20% para 17%. Ciro oscilou de 11% para 10%, Alckmin de 8% para 7% e Meirelles cresceu de 3% para 6%. Marina oscilou de 3% para 4% no Centro-Oeste, Amoêdo de 4% para 3%, Daciolo de 1% para 2%, Alvaro de 2% para 1%, Boulos manteve 1%, Vera Lúcia, João Goulart Filho e Eymael não pontuaram na região. Indecisos somam 3% e votos brancos, nulos ou em nenhum dos candidatos 6%.
Rejeição
A rejeição de Bolsonaro se manteve a maior e no mesmo patamar, com 45% dos eleitores que não votam no capitão da reserva de forma alguma. Aqueles que se negam a votar no petista oscilaram de 41% para 40%. Já Marina viu sua rejeição oscilar de 30% para 28%, enquanto Alckmin manteve os 24% de eleitores que rejeitam o tucano. Para Ciro, houve queda, dentro da margem de erro, de 21% para 20%.
Depois surgem outros mais rejeitados: Meirelles (15%), Daciolo (14%), Boulos (14%), Alvaro (13%), Vera (13%), Eymael (12%), Goulart Filho (11%) e Amoêdo (11%). Não souberam responder quais candidatos rejeitam 4%, outros 2% não votaria em nenhum dos 13 presidenciáveis e ainda há 2% que diz poder votar em qualquer um dos nomes.
Entre os homens, o mais rejeitado é Haddad, que oscilou de 47% para 46%. Bolsonaro surge como o segundo nome que o eleitor masculino não vota de jeito nenhum com oscilação de 40% para 39%. Marina também viu sua rejeição oscilar de 31% para 30% entre o eleitor masculino.
Alckmin manteve 29% e Ciro 25%, Boulos oscilou de 19% para 20%, Meirelles 18%, Daciolo de 16% para 17%, Vera de 15% para 16%, Eymael 15%, Alvaro 15%, Goulart Filho de 13% para 14% e Amoêdo 14%. 3% dos homens não souberam responder, 2% rejeita todos nomes e 1% do eleitorado masculino votaria em qualquer um deles.
Já entre as mulheres, Bolsonaro viu sua rejeição oscilar de 49% para 50%, enquanto Haddad oscilou de 36% para 35%. Marina também teve a rejeição reduzida dentro da margem de erro, de 29% para 27%. Alckmin teve seu nome rejeitado por 19% do eleitorado feminino ante 20% da rodada anterior da Datafolha. E Ciro foi de 20% para 18% de rejeição.
Meirelles segue rejeitado por 12% das mulheres, o mesmo que Daciolo, acima dos 10% de Vera, Eymael, Boulos e Alvaro, 9% de Goulart Filho e Amoêdo cada. Das eleitoras, 4% não souberam responder, 3% rejeitam todos nomes e 2% poderia votar em qualquer um deles.
No Centro-Oeste, a rejeição de Haddad subiu de 44% para 48%. A aversão ao nome de Bolsonaro caiu de 42% para 37% dos eleitores da região. Aqueles que rejeitam Marina no Centro-Oeste também diminuíram de 37% para 32%. Já a rejeição de Alckmin oscilou de 26% para 24%. Ciro segue rejeitado por 23%.
Boulos é rejeitado no Centro-Oeste por 16% dos eleitores, Meirelles 15%, Daciolo 14%, Vera 12%, Eymael 12%, Goulart Filho 11%, Amoêdo 11% e Alvaro 11%. Não souberam responder 3% do eleitorado da região, 2% poderia votar em qualquer um dos 13 presidenciáveis e 1% não quer saber de nenhum deles.
Segundo turno
A rodada da pesquisa Datafolha levantou a possibilidade de dez cenários de segundo turno, por mais que, por enquanto, o desenho das intenções de votos tenda a apontar para uma disputa entre Bolsonaro e Haddad. Se o segundo turno fosse entre Bolsonaro e Marina, o candidato do PSL teria 42% das intenções de votos e a concorrente da Rede 41%, com 16% de votos brancos, nulos ou nenhum e 2% que não sabem.
Numa disputa entre Ciro e Alckmin, o pedetista teria 42% e o tucano 37%, com 19% de votos brancos, nulos ou nenhum e 2% de indecisos. Quando a disputa é entre Alckmin e Bolsonaro, o candidato do PSDB atinge 43% e o capitão da reserva 42%, com 13% de votos brancos, nulos ou em nenhum e 2% que não sabem em quem votar.
Entre Alckmin e Marina, o cenário aponta para 39% para o tucano e 36% para a candidata da Rede, com 23% de brancos e nulos, além de 2% de indecisos. No cenário mais complicado para Bolsonaro, ele perderia para Ciro por 48% a 42%, com 2% indecisos e 8% brancos, nulos ou nenhum dos dois.
Ciro teria 46% num segundo turno contra Haddad, que chegaria a 32%, com 20% de votos nulos, brancos ou em nenhum e 2% indecisos. Ciro também venceria Marina por 45% a 31%, num cenário com 22% de votos nulos e brancos, além de 2% que não sabem em quem votariam.
Haddad e Marina empatariam com 37% cada um, 24% nulos e brancos, com 2% indecisos. O segundo turno mais importante de todos no momento, entre Bolsonaro e Haddad, daria 44% para o candidato do PSL e 43% para o petista. Os votos nulos, brancos e em nenhum dos dois chega a 10%, com 2% que não sabem em quem votar.
No cenário mais provável de acontecer neste momento, se a eleição do segundo turno fosse hoje e disputada entre Bolsonaro e Haddad, os eleitores do Centro-Oeste optariam 54% pelo candidato do PSL, com crescimento de seis pontos para o capitão da reserva, e 35% do eleitorado da região escolheria pelo petista, com queda de cinco pontos nas intenções de votos no ex-prefeito de São Paulo. Os indecisos no Centro-Oeste hoje em um segundo turno Bolsonaro e Haddad seriam 1% e votariam em branco, nulo ou nenhum dos dois 10%.
Pesquisa espontânea
No levantamento espontâneo, quando o nome dos candidatos não é apresentado ao eleitor, Bolsonaro subiu de 28% para 31%. Haddad oscilou de 16% para 17%, Ciro se manteve nos 7% e Alckmin também continua nos 4%. Amoêdo surge com 2%, Marina tem 1%, o mesmo percentual de Alvaro (1%), Meirelles (1%) e Daciolo (1%). Boulos, Vera, Eymael e Goulart Filho não pontuaram.
Na espontânea, são 22% os indecisos, 6% os votos brancos, nulos ou em nenhum dos candidatos e 2% responderam outros nomes que não são presidenciáveis. Há ainda 1% que se recusou a responder, outro 1% que diz votar no candidato, partido ou nome apoiado por Lula, 3% respondeu que pretende votar no PT, candidato do PT ou 13 e 1% no 17. 1% dos eleitores entrevistados afirma pretende votar no Lula.
De acordo com o instituto Datafolha, foram ouvidos 10.930 eleitores em 389 cidades brasileiras entre quarta (3) e hoje. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, com nível de confiança de 95%. Contratada pela Rede Globo e Folha de S. Paulo, a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02581/2018.