Ex-prefeito de Trindade descarta ser vice de Gustavo Mendanha, hoje no MDB, e avalia que o grande desafio do prefeito de Aparecida ainda está por vir. “Ele está forte hoje por conta do recall de uma eleição que acabou de ocorrer”

Jânio Darrot | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

Pré-candidato ao governo pelo Patriota, o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot, diz que só deixa o partido se Jair Bolsonaro e seu grupo optarem por não lançar candidato ao Palácio das Esmeraldas em 2022.

O presidente da República sinalizou na semana passada para uma possível filiação ao Patriota, que vive uma guerra interna no diretório nacional com o iminente embarque de Bolsonaro e seu grupo.

A possibilidade da sigla de não lançar candidato em Goiás é real, caso os bolsonaristas assumam o comando do Patriota. O presidente é aliado de Ronaldo Caiado (DEM), o que pode empurrar a sigla a apoiar a reeleição do governador. Tal variável está no mapa de decisões de Darrot, que a partir de setembro passa a percorrer o estado para fortalecer seu nome.

No entanto, o ex-prefeito de Trindade diz que está alinhado com o presidente da República. “O Brasil precisa da reeleição do Bolsonaro”, diz ao enumerar uma série de ações positivas do governo federal. “A economia está retomando. Existe uma expectativa de melhora por parte da população e o governo sinaliza que vai investir ainda mais em políticas sociais”, diz o empresário ao Jornal Opção.

Darrot rasga ainda mais elogios ao presidente quando cita as ações do governo federal para os municípios, principalmente sobre investimentos para o  combate à pandemia. “Além de descentralizador, ele cumpriu com os prefeitos. Em Trindade, fizemos muito para a saúde, com contratação de profissionais, compra de medicamentos e muitas obras”, lembra.

Ainda sobre a sucessão presidencial, Darrot descarta apoiar uma candidatura do governador de São Paulo, João Doria. O ex-prefeito diz que não concorda com a atuação política do tucano, que já o conhece ainda quando era filiado do PSDB e acrescenta: “Não é esse tipo de política econômica que o Brasil precisa”.

Candidato a vice

Jânio Darrot também descarta ser vice em uma chapa encabeçada por Gustavo Mendanha (MDB). Para ele, o grande desafio do prefeito de Aparecida de Goiânia ainda está por vir, mais precisamente em março, quando se desincompatibiliza do cargo para viabilizar sua candidatura.

“Hoje, o Gustavo está forte por conta do recall de uma eleição que acabou de ocorrer”, avalia. Em março, Mendanha – caso deixe a prefeitura – além de ficar sem o poder da caneta, deixará na sua cadeira um vice que suscita duvidas no mundo político se será aliado do emedebista.

Darrot avalia que a pré-candidatura do prefeito de Aparecida tende a perder força com a aproximação entre Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, e Caiado. As sucessivas derrotas do partido nas eleições ao governo forçam a legenda a compor com o demista na busca por espaço e pela sobrevivência política.

Para o empresário e político, a pré-candidatura de Gustavo Mendanha está sendo insuflada pelo ex-governador Marconi Perillo e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel.