Daniel Vilela deve fazer parte da comissão especial da reforma política na Câmara
16 outubro 2016 às 14h40

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Membros e presidência do colegiado ainda serão definidos. A relatoria será do deputado Vicente Cândido (PT-SP)

Ao menos um deputado goiano deve fazer parte do colegiado que analisará o mérito da reforma política na Câmara dos Deputados. A bancada do PMDB da Casa pretende indicar, entre outros nomes, Daniel Vilela para participar das discussões na comissão especial que será criada esta semana.
A presidência da comissão ainda não está definida, mas um dos indicados é o também peemedebista Lúcio Vieira Lima (BA). Além dele e de Daniel, o partido quer como integrantes ainda os deputados Sérgio Souza (PR), Mauro Mariani (SC) e Hugo Motta (PB).
Como a reforma política é uma bandeira de todas as legendas, um acordo entre Câmara e Senado foi selado para que cada uma das Casas trate de pontos específicos e que tudo seja previamente debatido. O objetivo é evitar que senadores derrubem o que deputados aprovarem e vice-versa.
Pelo acerto, o Senado tratará de coligações partidárias e de cláusula de desempenho, que estabelece um percentual mínimo de votação para a legenda conquistar cadeiras no Congresso. A comissão da Câmara ficará com o encargo de decidir, sob a relatoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), mas ainda sem presidente definido, qual será o sistema eleitoral que deve vigorar.
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Novas mudanças nas regras eleitorais são um consenso entre os partidos, principalmente após as eleições municipais deste ano, as primeiras sem doações de empresas às campanhas. A impossibilidade do retorno do financiamento empresarial parece ser bandeira unânime. No entanto, existem divergências em relação ao sistema de votação e à necessidade de endurecimento das regras eleitorais.
O líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), não antecipa qual sistema a bancada defenderá. Rossi disse que se reunirá com os parlamentares indicados para tentar consenso em torno de uma posição e evitar que os parlamentares defendam projetos pessoais.
“Quero debater com especialistas porque depende muito do tipo de financiamento. Se continuar publico, por meio do fundo partidário, é preciso fazer debate por voto em lista, talvez aberta, onde metade dos votos vai para o partido e outra para candidatos, é uma forma de ampliar o debate”, disse Rossi.
Para o líder do PMDB, a minirreforma que limitou as doações de campanha foi um avanço e é preciso avaliar o que deu certo e o que não funcionou. Ainda assim, ele defende que sejam tratados pontos possíveis de serem aprovados rapidamente para que mudanças passem a valer em 2018. “A população mandou um recado muito claro nestas eleições, com o aumento de abstenções, de que não está satisfeita com a forma como a política está sendo feita”, adverte.