O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, e o vice-governador, Daniel Vilela, ambos do MDB, se encontraram nesta sexta-feira, 22. Segundo Vilmar foi uma visita de cortesia, mas de acordo com interlocutores do Palácio das Esmeraldas o governador em exercício deu um ultimato para que ele resolva as arestas com o ex-prefeito Gustavo Mendanha.

Segundo uma fonte o tom foi para alertar Vilmar, pois essa seria a ultima chance dele para viabilizar seu nome para a disputa em Aparecida. O prefeito e Mendanha tem uma reunião marcada para a próxima segunda-feira, 25. A grande dificuldade do chefe do executivo aparecidense é o trato político e a habilidade de articulação para construir apoios, principalmente dentro do próprio partido.

O primo do vice-governador, Leandro Vilela, está, cada dia mais, se tornado o principal plano do partido na cidade, mas Leandro não quer um racha na legenda. Para ele o apoio de Vilmar seria importante. Até o mês passado o entorno de Vilmar Mariano vinha mantendo um discurso alinhado dizendo que o prefeito tinha total apoio de Daniel para ser nome do partido em Aparecida.

Para uma fonte do primeiro escalão de Vilmar, que falou sob reserva ao Opção, Mendanha quer muito espaço dentro administração da cidade, mesmo fora o poder.

“O Mendanha já tem muita coisa dentro da Prefeitura, mas ele tem que entender que quem está no comando é o Vilmar e o problema está nisso, porque o Vilmar é o prefeito de direito, mas fica sem espaço para fazer as próprias indicações com a intervenção de Mendanha”, afirmou o auxiliar.

Abandonar o barco

Os rumores de que Vilmar pode abandonar o MDB ficaram mais fortes e que, inclusive, ele pode radicalizar disputado a eleição de outubro pelo PT. Questionado nesta semana sobre o assunto, o deputado federal Rubens Otoni (PT) disse que isso não está na pauta. Por outro lado ele disse que Vilmar seria muito bem vindo ao partido.

Outra legenda que estaria disposta a acolher Vilmar seria o Podemos do deputado federal Glaustin da Fokus. Essas possibilidade são tidas como remotas por interlocutores da Prefeitura, mas ninguém descarta esse movimento. (B.F.)