Ex-presidenciável pelo Brasil 35 e sexto colocado nas eleições de 2018, o político voltou a se posicionar a favor de Ciro Gomes e diz que o voto é impulsionado por Deus  

Sexto colocado nas últimas eleições para a presidência da República com 1,3 milhão de votos, o ex-presidenciável Cabo Daciolo (Brasil 35) voltou a defender a candidatura de Ciro Gomes (PDT). Nas redes sociais, Daciolo disse que prefere “votar num homem patriota, nacionalista de esquerda, como é o caso do Ciro, do que um liberal, entreguista, do centrão e da direita, como é [Jair] Bolsonaro”.   

Esta foi a segunda manifestação pública de Cabo Daciolo em favor do pedetista. Segundo ele, Ciro terá o voto de Daciolo porque está sendo movido pelo Espírito Santo. Ele reiterou que não está preocupado com votos, mas sim com “anunciar reino”. “Envolta dele [Bolsonaro] tem uma cúpula que se coloca como pastor, mas está envolvida com a maçonaria, comercializando a palavra do criador”, disse o agora ex-presidenciável. 

Daciolo, inclusive, nomeia os pastores Silas Malafaia, Manoel Ferreira, Edir Macedo e Marco Feliciano que, segundo ele são comercializadores da palavra. “Apoiaram Bolsonaro em um esquema todo montado e, dentro da igreja, ficaram fazendo ‘arminha’”, acrescentou. 

Encontro com Ciro

A aproximação do político com o pedetista aconteceu após um encontro, por acaso, quando ele estava no estado do Ceará, “impulsionado pelo poder de Deus”. O encontro ocorreu no dia em que Ciro Gomes foi acusado de corrupção. O presidenciável e os irmãos dele receberam a visita da Polícia Federal (PF) em uma investigação sobre corrupção no Estádio do Castelão.  “O Ciro não me prometeu nada. Não recebi dinheiro nenhum, nada. Em momento algum o partido abriu alguma cadeira para mim, isso nunca aconteceu. O que eu quero é falar para o PDT sobre a palavra de Deus”, terminou o ex-presidenciável, que pode estar de saída do Brasil 35.