Crise na Azul afeta passageiros e pode piorar
27 setembro 2024 às 20h45
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A Azul Linhas Aéreas Brasileiras passa por uma série de problemas que já impactam voos e clientes. As ações da empresa caíram onze vezes em relação ao seu pico em 2020, antes da pandemia. À época, uma ação da empresa custava R$ 62,41, passando a custar R$ 5,61 nesta quinta-feira, 26.
Com a crise financeira, a empresa reformulou o serviço de bordo. A medida foi anunciada como temporária devido a problemas com fornecedores e não teve data definida para o fim.
Os snacks servidos pela companhia costumavam ser torresminho, amendoim, goiabinha e balinhas de gelatina, entre outros. Agora, o serviço não estará disponível em voos com menos de 45 minutos de duração.
Em rotas curtas será oferecida apenas água aos passageiros. Em voos domésticos, os lanches estão limitados a um por cliente, com a possibilidade de escolher entre suco, refrigerante e água à vontade. O café só está disponível em algumas viagens.
A empresa também estuda implementar um serviço de bordo pago, com o objetivo de aumentar as receitas auxiliares, que costumam ser provenientes de serviços fora do preço da passagem, como despacho de bagagem e marcação de assento.
Por conta disso, a volta dos snacks é pouco provável.
Como deve piorar
Devido à distância e à baixa conectividade com o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da companhia, a Azul oferecia rotas de ônibus para os clientes, mas essas rotas foram reduzidas. Anteriormente, era possível pegar o ônibus de diversos pontos da capital, com horários variados. Agora, a única rota remanescente liga o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Viracopos, com sete frequências diárias.
Além disso, caso a crise se estenda, é possível que a companhia aérea pare de operar em rotas menos lucrativas e passe a ajustar sua malha de voos. Rotas consideradas premium, como a ponte aérea Rio-São Paulo e as conexões com Brasília, dificilmente seriam afetadas. Mas as que possuem menor ocupação podem ser alteradas.