Em entrevista, prefeito Gustavo Mendanha anunciou medidas que devem ser tomadas para garantir qualidade dos serviços públicos municipais, mesmo com a falta d’água

Foto: Rodrigo Estrela/Foto: Prefeitura de Aparecida de Goiânia

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB), concedeu coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (28/10) para anunciar as medidas que serão tomadas a fim de garantir a qualidade dos serviços públicos no município frente à crise hídrica vivenciada em todo a região metropolitana.

“Em razão da emergência provocada pela falta de abastecimento de água em diversos bairros do município, paralisando inclusive serviços de atendimento nos setores da Saúde e da Educação, estamos estudando a possibilidade de decretar situação de emergência no município”, pontuou o prefeito.

Gustavo Mendanha explicou que a possível assinatura do decreto serviria para agilizar medidas para amenizar o problema da falta de abastecimento, como a contratação de caminhões pipa e também a perfuração de poços artesianos no município. Desta forma seriam garantidos o atendimento básico em serviços essenciais à população.

“Nossa preocupação é principalmente com nossas crianças, nossos idosos e o atendimento nas unidades de saúde. A Prefeitura está fazendo a sua parte. Em reunião emergencial com todos os secretários foi definido um cronograma de ações para amenizarmos os problemas provocados pela falta de abastecimento”, completa.

A entrevista coletiva foi convocada em razão do anúncio da possível situação de emergência divulgado na última quinta-feira (26). No anúncio, a prefeitura explica reconhecer a dimensão da crise hídrica e que a escassez de água é uma realidade que incomoda a sociedade e ao poder público. Mas afirma que o desabastecimento nas residências e nos órgãos públicos do município é insuportável e cobra da Saneago uma solução.

“Estamos estudando um possível decreto de Estado de Emergência. Com ele poderemos agiliar juridicamente a contratação de caminhões pipa para levar a água e amenizar a vida do povo e das crianças que não podem ficar na escola. Estamos sem água também nas unidades de saúde. Imagine só, neste momento também ficarmos sem atendimento médico. Isso é terrível”, explicou o prefeito.

A administração também estuda a possibilidade de perfuração de poços nas unidades de saúde afetadas e também no restaurante popular, onde é feita a alimentação dos servidores da própria prefeitura.

Antes de decretar situação de emergência, Mendanha já determinou ao secretariado que fosse realizado um levantamento sobre as dificuldades de cada pasta. Por meio de circulares, cada titular tem orientado aos servidores sobre o uso racional da água nas unidades da prefeitura.

Além disso, a prefeitura já adiantou que irá disponibilizar oito caminhões pipas que se juntarão a outros cinco da Saneago para realizar a captação nos poços da estatal em Aparecida e a distribuição em prédios públicos como escolas, CMEIs e unidades de saúde.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) também intensificará a fiscalização no Ribeirão Lajes, que nasce em Aparecida e que abastece parte da cidade, para impedir a captação irregular de água e preservar o manancial.

Por fim, o prefeito cobrou urgência da Saneago na construção do chamado “Linhão” do Sistema Produtor Mauro Borges, que foi inaugurado recentemente. “Trata-se da única forma de resolver definitivamente o problema em Aparecida”, afirmou.