Crise atropela os sonhos presidenciais para recuperar simpatia perdida no povo
28 fevereiro 2015 às 11h04

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Ainda na quarta-feira, 25, a presidente Dilma acariciava a ideia de viajar mais aos Estados em campanha para recuperar a queda da popularidade. Antes que caia mais com a crise geral, inaugurou, na baiana Feira de Santana, um conjunto com 92 unidades do Minha Casa, Minha Vida. No discurso, comparou a administração de uma casa ao ajuste fiscal:
— Eu faço ajustes no meu governo como uma mãe, uma dona de casa faz na casa dela.
No dia seguinte, em Brasília, o governo suspendeu novos financiamentos para o Minha Casa Melhor, que complementa aquele outro. Nele, a Caixa Econômica Federal (CEF) emprestava até R$ 5 mil para a família equipar a casa. O pagamento poderia ser feito em quatro anos. A CEF não sabe informar quando o financiamento será reaberto. Não durou dois anos, mas equipou a reeleição.
Reeleita, a presidente assumiu o novo mandato com a declaração de que o lema do governo passava a ser “Pátria Educadora”, slogan bolado pelo marqueteiro João Santana, o Patinhas.
Neste ano, o Ministério da Educação deveria empregar R$ 37,8 bilhões no programa como investimento e custeio. Deles, R$ 5,6 bilhões foram congelados ou contingenciados nomeio da semana pelo Ministério da Fazenda. Serão liberados quando for possível.