Conselho afirma ainda que em cumprimento ao Código de Processo Ético-Profissional Médico que determina o sigilo nas tramitações, não fornecerá informações sobre o assunto

Por Italo Castrillon

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse por meio de nota que não vai se posicionar acerca das prisões dos médicos efetuadas na operação Operação Fatura Final nesta quinta-feira, 21.

O Cremego afirma ainda que em cumprimento ao artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional Médico que determina o sigilo nas tramitações, não fornecerá informações sobre o assunto.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, investiga a apropriação de verbas do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) por organização criminosa.

O grupo acusado é composto pelo ex-diretor de Saúde do Imas, Sebastião Peixoto, pelos médicos Carlos Bahia, Ulisses Luís Dias, Glaydson Jerônimo da Silva, Fernanda Hissae Ribeiro Yamada e pela advogada Luíza Ribeiro Fernandes. Desde junho do ano passado, a organização é investigada por utilizar documentação falsificada para fraudar pagamentos por atendimentos médicos inexistentes.

Segundo informações do Ministério Público, “esses procedimentos eram registrados em uma clínica de fachada, a Urgembras, que celebrou contrato de credenciamento com o Imas por cinco anos (de 2017 a 2021), no valor de R$ 10 milhões”. Sebastião Peixoto, ex-diretor de Saúde do Imas, foi quem geriu os contratos de credenciamento dentro do Imas.

Entre os procedimentos médicos que levantaram suspeitas estão atendimentos geriátricos para crianças, pessoas falecidas registrando exames e múltiplas consultas de um mesmo paciente em um dia. O Gaeco destaca que não havia coparticipação de servidores, ou registros no contracheque referentes ao procedimento, assim dificultando a descoberta das irregularidades.