Para o deputado estadual, a Comissão Parlamentar de Inquérito é uma das mais importantes que já passou pela Assembleia e já apresentou resultados

Deputado Vinícius Cirqueira (Pros) | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O deputado estadual Vinicius Cirqueira (Pros) conversou com Jornal Opção nesta sexta-feira, 03, e falou sobre as expectativas em relação à CPI dos Incentivos Fiscais. Para o parlamentar, a batalha no ano de 2019 foi dura. “Considero a CPI uma das mais importantes da história da Assembleia. Por meio dela, encontramos distorções do benefício em alguns setores, corrigimos alguns e vimos outros setores sem quase nada”, disse.

“A CPI continua, teremos novas convocações para oitivas e a apresentação do relatório do deputado Álvaro Guimarães, neste ano”, afirmou. Para ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito já cumpriu com um papel muito importante, mas ainda tem novos objetivos a serem alcançados.

“Defendo a taxação dos grãos. Legislações como a Lei Kandir, que isenta da cobrança de ICMS pela exportação dos grãos, e o Governo Federal sequer indeniza os estados”, pontua o deputado. “Eu defendo que pelo menos 50% dos grãos goianos permaneçam em Goiás, para agregar valor ao que é produzido no Estado. Defendo que 50% da soja e milho fiquem no estado para fornecer, por exemplo, à industria do biodiesel. Grande reclamação desse seguimento, é que os produtores não querem fornecer para o Estado, mas para a China. E nada é pago pela exportação, além de não gerar benefícios e empregos para o Estado”, destacou.

Pautas do ano

Para Cirqueira, 2020 deve ser mais tranquilo que o ano passado na Assembleia. “Todos os deputados estarão envolvidos nas eleições e na formação de alianças. Creio que o ano será produtivo na Alego, mas menos técnico do 2019”, afirmou. Pautas como a encampação da Enel, Pró-Goiás e Incentivos Fiscais continuarão seus andamentos na Casa. Sobre o primeiro tema, o parlamentar acredita que “a tendência é ser aprovada.”

“Entretanto, não vejo como solução da grande questão e do problema. O projeto tem algumas questões não convergentes, mas é um caminho que a Assembleia encontrou de dar resposta ao povo goiano”, disse o parlamentar. “A única questão pacífica entre os deputados da oposição e da base é a concordar que é péssimo o serviço prestado pela empresa.” Para ele, o processo que tramita na Casa para suspender o contrato com a Enel é “uma medida que visa a melhoria do serviço.”