Covid-19 tira a graça do Brasil: no auge do sucesso, Paulo Gustavo morre aos 42 anos

04 maio 2021 às 22h50

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Uma das maiores referências da nova geração de comediantes do País não resistiu à doença, depois de mais de 50 dias internado no Rio
Talvez seja a morte mais dolorosa de toda a pandemia no Brasil. Pela idade da vítima, por seu talento, por seu carisma, por tudo o que ele poderia ainda desenvolver em sua arte.
Depois de uma longa luta pela vida, o ator Paulo Gustavo Monteiro, um dos maiores da nova geração de humoristas nacionais, morreu nesta terça-feira, 4, no Rio de Janeiro.
O criador da Dona Hermínia, da comédia Minha Mãe é Uma Peça, tinha problemas respiratórios e por isso temia ser contaminado pelo novo coronavírus. Por isso, procurou se resguardar assim que a pandemia chegou ao Brasil.
Infelizmente, o vírus o alcançou e, no dia 13 de março, ele foi internado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, zona sul carioca.

O estado de Paulo Gustavo era gravíssimo há mais de um mês, quando, com respiração totalmente comprometida, teve de ter a assistência de um pulmão artificial (Ecmo). Mesmo assim, o marido, Thales Bretas, a família, colegas de trabalho e fãs continuavam com muita esperança.
No domingo, o que muitos chamariam de “melhora da despedida”: Paulo teve a sedação diminuída, conseguiu interagir com Bretas, porém, pouco mais tarde, sofreu uma embolia da qual não conseguiu se recuperar.
O humorista deixa dois filhos, Romeu e Gael, de 1 ano e 9 meses.
Paulo Gustavo é mais uma vítima da Covid-19. Uma das 2.966 mortes registradas em 24 horas. Nesta terça-feira, o País superou as 410 mil vidas perdidas.