Em paralelo ao número recorde de contaminados registrados na última terça, prefeitura resolveu flexibilizar medidas de distanciamento social e combate à doença

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O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na última terça-feira, 15, mostrou um registro recorde do número de pessoas diagnosticadas com a Covid-19 em Goiânia. No entanto, em paralelo ao diagnóstico, a prefeitura autorizou a flexibilização de algumas atividades na capital, o que aparentemente vai na contramão do esperado quando se tem por objetivo a contenção da doença.

Contudo, a diretora de vigilância epidemiológica, Grécia Carolina Pessoni, explicou ao Jornal Opção que a capital possui uma característica atípica quando comparada aos demais municípios.

“Estamos buscando de maneira ativa os casos invisíveis. Se outros municípios estivessem fazendo a mesma coisa, eles também obteriam o mesmo resultado, haja vista que existem muitas pessoas contaminadas, porém, sem os sintomas da doença”, explicou a técnica como justificativa para o aumento dos casos na capital.

Segundo ela, a flexibilização trazida pela prefeitura não tende a acarretar em um aumento dos casos de coronavírus em Goiânia. “Diante de todos os cuidados que serão tomados, bem como a fiscalização por parte do Poder Público, não esperamos que haja algum impacto na nossa curva. Se houver, evidentemente as medidas serão revogadas”, disse.

Por fim, a técnica lembrou também que as testagens continuarão sendo realizadas de maneira intensa por toda Goiânia. “Nossa previsão é continuar com esse trabalho até novembro”.

Vale lembrar que a capital conta com uma situação ‘confortável’ em relação ao número de leitos disponíveis para tratamento e acompanhamento dos pacientes acometidos pela doença. A taxa de ocupação é 66%. Em um universo de 238 leitos, isso representa uma ocupação de 156 ao passo em que 82 seguem desocupados.