Cortes nas despesas vão garantir pagamento da folha de servidores
22 abril 2020 às 18h47
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Folha de pagamento de abril será de cerca de R$ 994 milhões. Com cortes em gastos, só o Executivo deve remanejar R$17 milhões para custeio
O corte de 20% nas despesas dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, além de Ministério Público, Tribunais de Contas e Defensoria vão garantir o pagamento da folha dos servidores. Só a Assembleia Legislativa deve cortar R$1,6 milhão. Estado calcula que R$ 17 milhões devem ser economizados e remanejados para a folha do mês de abril, cujo o valor deve chegar a R$ 994 milhões.
Diante do aumento nos investimentos em Saúde para enfrentamento à Covid-19, e a redução na arrecadação por conta da pandemia, os cortes se faz mais do que necessário para dar condições aos cofres do Estado.
Foram quatro reuniões entre o governador, os chefes dos podres Executivo e Judiciário, além do TCE, TCM e MP. Por fim se tornou consenso o corte de 20% dos planos de gastos de todos para que os recursos retornem para os cofres do Estado. O próprio governador Ronaldo Caiado (DEM) usou suas redes para comemorar. ““Veja o quanto a parceria e o diálogo entre os Poderes passa a ser fundamental para que a gente possa resolver os problemas; principalmente agora, em um momento de crise”, enfatizou o governador, em vídeo.
Desde que foi instituída a quarentena em Goiás, por decreto em março, o governador Ronaldo Caiado tem ressaltado a necessidade de uma readequação dos gastos públicos em todo o Estado.
Na reunião virtual realizada nesta quarta-feira, 20, foram apresentados os detalhes da redução de gastos de cada órgão ou Poder. O compromisso coletivo de revisão de despesas havia sido firmado durante outra videoconferência, realizada no último dia 2 de abril. Na ocasião, a Secretaria da Economia apresentou uma análise financeira que comprova a frustração da receita em face da desaceleração econômica, provocada pelo isolamento social. Tal medida foi adotada em Goiás a partir da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a considera o método mais eficiente no controle da disseminação Covid-19.
Para minimizar os impactos da crise da pandemia do coronavírus e a desaceleração do comércio, indústrias e afins, Estado liberou linhas de crédito emergenciais para micro e pequenos empreendedores, adiou o calendário de pagamento do IPVA e impediu o corte de água, e ainda viu a arrecadação se reduzir significativamente.
A decisão para o corte dos custos em conjunto com os demais poderes foi baseado na crescente demanda por atendimentos hospitalares, já que essa economia nas despesas pode compensar a área da saúde. “Podemos precisar contratar mais médicos [e outros profissionais da saúde] para estar à frente do combate ao coronavírus”, disse.