Coronel que confessou participação em torturas e mortes na ditadura militar é assassinado

25 abril 2014 às 17h40
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Paulo Malhães foi um agente importante da repressão política durante o regime ditatorial e possuía muitas informações sobre o período em que os militares comandaram o Brasil
O ex-coronel do Exército Paulo Malhães, de 76 anos, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (25/4) em seu sítio na zona rural de Nova Iguaçu. Conforme informações da polícia, o corpo do militar foi encontrado com sinais de asfixia. Há exatamente um mês, ele admitiu ter torturado, matado e ocultado cadáveres de presos políticos durante a ditadura militar, onde atuava como agente do Centro de Informações do Exército.
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Segundo a polícia, três homens invadiram a casa de Paulo Malhães na tarde da última quinta-feira (24). Os suspeitos amarraram a esposa do militar e o caseiro da chácara, e procuraram armas e munições. Durante a ação dos criminosos, o ex-agente foi morto.
O corpo do coronel está no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu. A perícia foi feita no local. Policiais apreenderam um rifle e uma garrucha antigas e também colheram impressões digitais, que serão analisadas.
O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou que a morte precisa ser investigada com rigor. Malhães foi um agente importante da repressão política durante o regime ditatorial e possuía muitas informações sobre o período em que os militares comandaram o Brasil.